Por Valmor Saraiva Racorti e Paulo Augusto Aguilar*

A crescente ameaça de ataques terroristas complexos no cenário global alerta para as sérias vulnerabilidades e lacunas estruturais na segurança pública do Brasil, exigindo reformas urgentes para um sistema nacional integrado de resposta.
Introdução: A Nova Era do Medo Global
A tensão crescente entre Irã e Israel adiciona um novo componente explosivo ao cenário internacional. Os recentes ataques aéreos, ameaças de retaliação e movimentações estratégicas colocam o Oriente Médio à beira de uma guerra aberta, com repercussões que podem ultrapassar as fronteiras regionais. Essa escalada não apenas intensifica o risco de atentados em territórios diretamente envolvidos, mas também amplia a possibilidade de ações terroristas em países considerados vulneráveis ou com vínculos indiretos com os atores em conflito.
Como observado por analistas do Instituto de Estudos Estratégicos de Londres (IISS), conflitos diretos entre Estados e grupos armados de orientação jihadista costumam gerar uma reação em cadeia, com células simpatizantes executando atentados em regiões distantes como uma forma de retaliação simbólica ou propaganda. A ameaça, portanto, não está restrita a quem entra fisicamente em guerra, mas a todos os que, direta ou indiretamente, fazem parte do tabuleiro global.
Desde o ataque de 2008 em Mumbai, o mundo testemunhou uma série de eventos classificados como violência direcionada híbrida. Embora muitos tenham ocorrido fora das Américas, cresce o receio de que tais atrocidades cruzem o oceano e se instalem em território ocidental. Em especial, a radicalização de cidadãos nativos por meio de conteúdos extremistas online tem sido uma constante. A revista Inspire, da Al Qaeda na Península Arábica, é um exemplo claro de como organizações terroristas buscam fomentar ataques individuais através de tutoriais e orientações práticas.
A Al Shabaab, por exemplo, chegou a convocar ataques contra o Mall of America, em Minnesota, mostrando que centros comerciais, eventos esportivos e áreas de grande concentração populacional são alvos preferenciais. O Brasil, como país com tradição em receber megaeventos e com grande exposição midiática, deve considerar essas tendências no planejamento de sua segurança interna.
É nesse contexto que surge a inquietação central deste artigo: o Brasil estaria verdadeiramente preparado para enfrentar um ataque terrorista coordenado e complexo? A resposta, infelizmente, parece pender mais para o campo das incertezas do que das estratégias estabelecidas.
Planejamento Nacional e Lacunas Estratégicas
Nos Estados Unidos, os 15 Cenários Nacionais de Planejamento (NPS) incluem 12 cenários de terrorismo – a maioria focada em armas de destruição em massa (WMD, weapons of mass destruction). Porém, não há cenários específicos para ataques dinâmicos com múltiplos atiradores e explosivos em progressão, como o ocorrido em Mumbai. Essa ausência também se reflete no Brasil, onde o planejamento ainda é fortemente reativo e voltado à gestão das consequências, não à resposta tática imediata.
Um estudo do NPLI de Harvard, sobre as lições aprendidas nos atentados de Boston, destaca três elementos críticos: uso de eventos públicos como simulação real, construção prévia de laços cooperativos entre agências e o entendimento de que grandes incidentes ignoram fronteiras administrativas. No Brasil, essa cultura de integração ainda é incipiente e depende da boa vontade local, não de um sistema federal padronizado.
Outro ponto crucial é a comunicação. Em muitos estados brasileiros, ainda não há rádios interoperáveis entre o sistema de segurança pública, Bombeiros e SAMU. Durante uma crise, isso significa caos. Sem comunicação eficiente, não há como montar linhas defensivas, dividir setores ou coordenar evacuações e resgate.
O sistema de segurança pública brasileiro é fragmentado, marcado por rivalidades institucionais e ausência de uma metodologia operacional unificada. As polícias operam em ambiente de competição, muitas vezes mais voltadas à manutenção de territórios administrativos do que à integração de esforços. O problema não está em criar novas polícias, mas em fazê-las atuar de forma coordenada, com protocolos claros, interoperáveis e sem omissão ou sobreposição de recursos.
É inadmissível que, em pleno 2025, algumas polícias ainda baseiem suas ações em modelos ultrapassados de gerenciamento de crises. O FBI, por exemplo, abandonou esse modelo em 2003 justamente por sua ineficácia diante de incidentes complexos, preferindo o Incident Command System (ICS), que promove clareza, liderança única e integração real entre agências. A permanência de doutrinas obsoletas no Brasil compromete não apenas a eficácia das ações, mas também a segurança da população.
A ausência de um Comando Nacional de Crises com autoridade operacional também gera dispersão de esforços. O tempo de resposta fica comprometido, e as decisões estratégicas acabam sendo tomadas de forma difusa, sem visão integrada. É essencial que o Brasil estabeleça um Centro Nacional de Comando e Controle voltado exclusivamente para incidentes críticos e terrorismo.
Enquanto seguimos investindo em armamentos e viaturas, negligenciamos inteligência, integração e doutrina. O investimento em preparo humano, simulação e comando unificado é o que fará a diferença nos minutos decisivos de um ataque real.
A Complexidade dos Ataques Contemporâneos e a Realidade Brasileira
A complexidade crescente dos ataques contemporâneos obriga a uma reflexão urgente sobre as reais capacidades operacionais das forças de segurança. Diferentemente do chamado “atirador ativo”, cuja atuação tende a se restringir a um único local e com motivação pessoal ou difusa, os ataques paramilitares envolvem múltiplos alvos, coordenação simultânea, armamento militar e uso de táticas de guerra urbana. Mumbai, Bataclan e o atentado de 7 de outubro em Israel são provas concretas disso. Nesse sentido, AGUILAR:
“DIFERENÇA DA MACTAC X IARD
[…] a definição de atirador ativo mostra-se incompleta se comparada ao conceito de MACTAC, isso porque a definição não contempla o emprego de múltiplos tipos de armas e da utilização de táticas paramilitares por atiradores ativos em áreas abertas.
Geralmente ocorrências de IARD (atiradores ativos) ocorrem em edifícios ou em complexos edificados, já as de MACTAC ocorrem, em regra, em lugares abertos, ruas, avenidas, bairros. Essas apresentam também ameaças híbridas: um ou mais atiradores ativos, emprego de IED/EOD (improvised explosive device/explosive ordnance disposal) e táticas paramilitares, ou seja, estilo Mumbai/Paris.
[…] na definição de atirador ativo, não há um padrão ou método para a seleção das vítimas; no caso de ataques terroristas a tendência é que sejam escolhidas vítimas conforme a agenda ou ideologias dos grupos.” (AGUILAR, 2016)
Em cenários assim, a resposta tradicional – baseada em isolamento da cena e espera por reforço tático – não apenas é insuficiente, como pode ser desastrosa. O tempo de resposta, a capacidade de neutralizar os agressores e a coordenação entre agências são fatores críticos para salvar vidas. Isso exige não apenas coragem operacional, mas planejamento antecipado, treinamento e doutrina moderna.
LIVRO RECOMENDADO:
Sistema de Gerenciamento de Incidentes e Crises
• Wanderley Mascarenhas de Souza, Márcio Santiago Higashi Couto, Valmor Saraiva Racorti e Paulo Augusto Aguilar (Autores)
• Em português
• Capa comum
No Brasil, as forças de segurança têm histórico de atuação eficiente em confrontos diretos contra o crime organizado. Entretanto, há uma diferença clara entre enfrentar quadrilhas armadas e lidar com terroristas com motivações ideológicas e táticas de guerrilha urbana. A maioria dos policiais brasileiros nunca foi treinada para responder a múltiplos ataques em locais distintos com potencial de se estenderem por horas ou dias.
Outro aspecto importante é a natureza transfronteiriça dos ataques terroristas modernos. As redes terroristas utilizam comunicação criptografada, financiam-se por vias ilícitas internacionais e exploram brechas nos sistemas de inteligência. O Brasil, com suas fronteiras amplas e controle ainda precário, está vulnerável a infiltrações silenciosas que só são percebidas após a execução do ataque.
Portanto, é preciso ir além da retórica. O momento exige um novo pacto federativo de segurança pública, com definição de competências claras, plano nacional de prevenção e resposta, e responsabilização das esferas federal, estadual e municipal na proteção contra ameaças complexas e coordenadas.
Cenários Dinâmicos e a Necessidade de Comando Unificado
Os ataques do tipo Multi-Assault Counter-Terrorism Action Capabilities (MACTAC) são caracterizados por sua dinamicidade, múltiplos alvos e envolvimento de equipes treinadas para operar com elevada letalidade. Nesse tipo de cenário, a ausência de um sistema unificado de comando torna-se letal. O tempo necessário para definir quem lidera, quem comunica, quem evacua e quem neutraliza o agressor pode custar dezenas de vidas em minutos.
Ao contrastar esse cenário com a realidade brasileira, percebe-se um problema estrutural grave. Ao invés de uma doutrina nacional que una as agências, o que se observa são protocolos distintos, treinamentos esparsos e rivalidades institucionais. Ainda que haja esforços locais positivos – como a integração entre BOPE e forças federais no Rio de Janeiro –, essas experiências não são normatizadas em nível nacional.
A ausência de um sistema como o Incident Command System (ICS), adaptado à realidade brasileira, limita a capacidade de resposta tática. Esse sistema, utilizado amplamente nos EUA, é construído sobre pilares de comando claro, funções pré-definidas, interoperabilidade de comunicação e flexibilidade modular. Sua ausência no Brasil deixa um vácuo perigoso em operações de alta complexidade.
Como afirmou Gary Klein, especialista em tomada de decisões em crises, comandantes experientes não inventam soluções sob pressão: eles recorrem a padrões mentais extraídos de treinamentos realistas. Sem treinamentos em cenários simulados com múltiplos locais de ataque, nenhuma chefia operacional estará preparada para o momento em que tudo sair do controle.
A criação de Centros Integrados de Comando e Controle é um passo importante, mas ainda tímido. O que falta é doutrina, repetição, integração real e avaliação pós-ação. Sem isso, continuaremos dependendo do improviso – o que, diante de inimigos bem treinados e ideologicamente motivados, é um risco alto demais para ser assumido.
Deficiências Estruturais e a Urgência de Reformas Profundas
A atual estrutura de segurança pública no Brasil é marcada por divisões institucionais e ausência de sinergia entre os entes federativos. Enquanto a Constituição Federal define as responsabilidades de cada força – Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, entre outras – na prática, essas instituições muitas vezes operam com protocolos distintos, comunicação limitada e concorrência territorial. Essa fragmentação representa uma ameaça à eficácia da resposta a incidentes críticos.
O modelo federativo, por si só, não é um problema. Países como os Estados Unidos demonstram que é possível manter a autonomia estadual e, ao mesmo tempo, garantir coordenação nacional em situações de crise. A diferença está na existência de metodologias operacionais comuns e centros de comando com autoridade real. No Brasil, ainda convivemos com diretrizes difusas, disputas por protagonismo e, em muitos casos, ausência de planejamento conjunto.
É inadmissível que, diante de um ataque terrorista em uma capital brasileira, não haja um protocolo nacional de acionamento e comando. Cada estado tem seu próprio centro de operações, raramente interoperável com outros. A ausência de um sistema nacional unificado, semelhante ao ICS/NIMS dos EUA, impede uma resposta coordenada, ágil e eficaz. Mais grave ainda é o fato de que, enquanto os Estados Unidos abandonaram o modelo clássico de gerenciamento de crises após 2003, ele ainda é aplicado por diversas polícias brasileiras, mesmo diante de sua obsolescência comprovada.
A resposta a um ataque dessa magnitude não pode ser improvisada. Exige planejamento estratégico, padronização doutrinária e integração real entre as forças. É preciso romper com a cultura da autonomia isolada e caminhar para uma lógica de interdependência estratégica. A construção de uma doutrina nacional integrada é urgente e inadiável.
Essa reforma deve começar pela formação dos quadros de comando. O preparo de líderes em gestão de crises, tomada de decisão sob pressão e coordenação interagências deve ser prioridade. É fundamental instituir programas de capacitação baseados em cenários reais, com simulações, jogos de guerra e treinamentos em conjunto com as forças armadas, agências de inteligência, defesa civil e atores do setor privado. Sem essa transformação, continuaremos expostos e vulneráveis.
Propostas para um Sistema Nacional Integrado de Resposta a Incidentes Críticos
Diante das ameaças crescentes, torna-se imperativa a criação de um Sistema Nacional Integrado de Resposta a Incidentes Críticos (SNIRIC), inspirado nos pilares do ICS/NIMS americano, mas adaptado à realidade brasileira. Esse sistema deve promover interoperabilidade entre forças policiais, defesa civil, bombeiros, saúde, inteligência e setor privado.
O primeiro passo é normatizar, por meio de decreto presidencial ou lei complementar, a obrigatoriedade de protocolos operacionais comuns para todos os entes federativos em situações de ataque terrorista, calamidades públicas ou eventos de múltiplas vítimas. Esses protocolos devem incluir fluxogramas decisórios, critérios de acionamento de forças especializadas, comunicação padronizada e designação clara de funções táticas e estratégicas.
LIVRO RECOMENDADO:
Introdução ao Terrorismo: Evolução histórica, doutrina, aspectos táticos, estratégicos e legais
• Ângelo Fernando Facciolli (Autor)
• Em português
• Capa comum
Além disso, deve ser instituído um Centro Nacional de Coordenação de Incidentes Críticos, com atuação 24×7, composto por representantes das principais forças de segurança e defesa. Esse centro deve atuar tanto em prevenção quanto em resposta imediata, funcionando como uma “sala de guerra” capaz de tomar decisões em tempo real, com base em inteligência, mapas situacionais e ferramentas de comando e controle.
Paralelamente, os estados devem ser estimulados – por meio de convênios e repasses – a desenvolver seus próprios sistemas de comando de incidentes, interligados ao sistema nacional. O uso de simuladores, exercícios conjuntos e bancos de dados compartilhados será essencial para consolidar essa integração. A criação de uma escola nacional de gerenciamento de crises, nos moldes da FEMA, também deve ser considerada.
O SNIRIC não é uma utopia. Trata-se de uma urgência estratégica. Os ataques terroristas não escolhem fronteiras políticas e a resposta do Estado também não pode se limitar a elas. É tempo de agir.
A Dimensão Internacional e o Papel Geopolítico do Brasil
O Brasil, apesar de não ser alvo recorrente de ações terroristas internacionais, possui vulnerabilidades latentes. Sua posição de liderança regional, as fronteiras extensas e permeáveis, além da participação em eventos globais, o colocam no radar de organizações extremistas.
A neutralidade histórica do país em conflitos do Oriente Médio pode não ser suficiente para mantê-lo imune, principalmente quando ocorrem ataques como os de 7 de outubro em Israel ou ameaças diretas do Irã a aliados ocidentais. A guerra entre Irã e Israel, com ramificações indiretas, pode desencadear ações de “lobos solitários” ou células inspiradas em narrativas jihadistas que veem o Brasil como um alvo simbólico.
É nesse cenário que a diplomacia brasileira também precisa atuar de forma coordenada com a segurança interna. A construção de tratados de cooperação, o intercâmbio de inteligência com países aliados e a adoção de normas internacionais de contraterrorismo precisam ser acelerados. O país não pode mais permanecer alheio ao debate global sobre prevenção ao extremismo violento.
O Itamaraty deve assumir seu papel de articulador de políticas transversais que envolvam segurança, inteligência, relações exteriores e cultura da paz. O enfrentamento ao terrorismo moderno exige um eixo geopolítico ativo, e não passivo.
Assim, a política externa deve dialogar com a defesa nacional. A criação de um gabinete de crise integrado entre os ministérios da Defesa, Justiça e Relações Exteriores, com plano de contingência internacional, contribuirá para blindar o país e garantir respostas coordenadas em nível diplomático e estratégico.
Tecnologia, Inteligência e Sociedade: A Tríade da Prevenção Moderna
A prevenção ao terrorismo não se faz apenas com fuzis. Ela começa com inteligência, tecnologia e engajamento social. Sistemas de vigilância integrados, softwares de reconhecimento de padrões, big data e monitoramento de redes são aliados indispensáveis na identificação precoce de ameaças.
No Brasil, iniciativas como o Córtex da Polícia Rodoviária Federal e o SINESP do Ministério da Justiça demonstram avanços, mas ainda carecem de integração plena e acesso compartilhado entre os órgãos. Muitas vezes, informações valiosas ficam restritas a bancos de dados isolados e de difícil acesso.
A inteligência de segurança deve ser proativa, multidisciplinar e integrada ao cotidiano das operações. A lógica deve ser preventiva, não reativa. Para isso, é fundamental que policiais, agentes de inteligência e analistas trabalhem lado a lado, compartilhando informações em tempo real e utilizando algoritmos que permitam identificar conexões suspeitas.
O papel da sociedade civil também não pode ser ignorado. A população precisa ser educada sobre sinais de radicalização, procedimentos em caso de ataques e medidas de autoproteção. Campanhas educativas, simulados em escolas, empresas e centros comerciais devem ser incorporados à rotina urbana.
Tecnologia, inteligência e sociedade são os três pilares sobre os quais deve se erguer a nova arquitetura de prevenção antiterrorista no Brasil. Sem eles, qualquer plano será incompleto e insuficiente.
Considerações Finais: Um Chamado à Ação
O Brasil se encontra diante de uma encruzilhada estratégica. De um lado, a crescente ameaça de ataques complexos que ignoram fronteiras, normas e padrões. Do outro, um sistema de segurança ainda fragmentado, com doutrinas desatualizadas, pouca interoperabilidade e escassa cultura de integração.
A pergunta que intitula este artigo – o Brasil está preparado? – deve ecoar não como retórica, mas como provocação. A resposta, pelo menos por ora, é um alerta. Estamos atrasados. Precisamos de um pacto federativo de segurança, um sistema nacional de comando de incidentes, um centro de coordenação permanente e uma doutrina moderna, baseada em experiências internacionais e na realidade brasileira.
Mais do que isso, precisamos de líderes corajosos o bastante para romper com o comodismo institucional, investir em gente, tecnologia e planejamento. O inimigo que se aproxima não é visível com antecedência. Quando for, pode já ser tarde demais.
Este texto não é um mero exercício de futurologia. É um alerta técnico, político e humano. Que ele não se torne um documento de previsões que se concretizaram por inação. Que seja, sim, o ponto de partida para uma nova mentalidade de segurança nacional.
*Valmor Saraiva Racorti é coronel da PMESP e instrutor pela Universidade do Texas/Programa ALERRT. Comandou o Batalhão de Operações Especiais, que compreende o GATE e o COE. Realizou o Curso Preparatório de Formação de Oficiais em 1990-1991. Graduado em Direito pela UNISUL, é bacharel, mestre e doutor em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública pelo Centro de Altos Estudos de Segurança “Cel PM Nelson Freire Terra”. Foi comandante de Pelotão ROTA no 1º BPChq de 1994 a 2006, Chefe Operações do COPOM em 2006, Oficial de Segurança e Ajudante de Ordens do Governador do Estado de 2007 a 2014, Comandante de Companhia ROTA no 1º BPChq de 2014 a 2016 e Comandante do GATE de 2016 a 2019. Já atuou em mais de 500 incidentes críticos. Atualmente, é comandante dos Batalhões de Choque da PMESP.
*Paulo Augusto Aguilar é tenente-coronel da PMESP, Bacharel e Mestre em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública, pelo Centro de Altos Estudos de Segurança da PMESP. Formado em Direito com especialização em Direito Administrativo, Direito Penal e Processo Penal, aprovado no exame OAB, atualmente estuda Engenharia da Computação. Possui, dentre outros cursos: Especialização em Ações Táticas Especiais – GATE/PMESP e Técnicas y Taticas de Operaciones para Desactivación de Artefactos Explosivos na Brigada de Explosivos – Córdoba-AR; extensão em Análise do Terrorismo na Agência Brasileira de Inteligência – ABIN, Combating Domestic and Transnational Terrorism – Office of Antiterrorism Assistance of U.S. DoS. Atualmente no Estado Maior do Comando de Policiamento de Choque, exerceu funções como Comandante de Força Patrulha e Força Tática no 18° BPM/M, de Pelotão de Comandos e Operações Especiais, de Pelotão de Controle de Distúrbios Civis, de Equipe Tática e Subcomandante do Grupo de Ações Táticas Especiais. Adido Policial Militar no Exército Brasileiro no Centro de Coordenação de Defesa de Área de São Paulo na Copa 2014 e nos Jogos Olímpicos 2016. É membro do Conselho Editorial da Revista Brasileira de Operações Antibombas e especialista em Gerenciamento de Incidentes Críticos, Resgate de Reféns e Desativação de Bombas.
Referências
AGUILAR, Paulo Augusto. Capacidade de Resposta Contraterrorista Frente a Múltiplos Ataques. Velho General, 17 de dezembro de 2020. Disponível em: https://velhogeneral.com.br/2020/12/17/capacidade-de-resposta-contraterrorista-frente-a-multiplos-ataques-2/.
Al Qaeda in the Arabian Peninsula. Inspire Magazine, diversas edições.
FEMA. Lessons Learned: Boston Marathon Bombing. U.S. Government Publishing Office, 2014.
Harvard NPLI. Emergency Response Lessons from Boston, 2014.
IISS. The Military Balance 2023. Routledge, 2023.
KLEIN, Gary. Sources of Power: How People Make Decisions. MIT Press, 1998.
LVMPD. MACTAC Operational Guide. Las Vegas Metropolitan Police Department, 2019.
Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública – SINESP, Brasil, 2024.
National Preparedness Scenarios. U.S. Department of Homeland Security, 2005.
National Tactical Officers Association (NTOA). MACTAC Training Manual, 2019.
Polícia Rodoviária Federal. Plataforma Córtex, Brasília, 2023