A Guerra do Vietnã em breve retrospecto

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Tim Page/Corbis/Getty Images.

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Como a história encarregou-se de demonstrar, a estratégia de envolvimento seletivo dos EUA culminou em fracasso, mesmo diante da reconhecida derrota militar Vietcong, durante a Ofensiva do Tet em 1968.


O evento histórico relativo à Guerra do Vietnã, sobretudo em sua fase americana (também conhecida como Segunda Guerra da Indochina), é, no mínimo, um dos mais emblemáticos episódios da história militar contemporânea.

Nunca uma nação utilizou seu massivo poder militar (disponível) com tamanha moderação, expondo seus efetivos a uma nova forma combativa, em que a vitória militar não se constituía no objetivo final da confrontação (repetindo, de forma muito mais enfática, a experiência da Guerra da Coreia – 1950-53), caracterizando, de forma mais contundente (do que em qualquer outro momento pretérito), os elementos de autolimitação do emprego do poder militar, conhecidos como assimetria reversa direta e reflexa (bipolaridade confrontativa indireta) que inauguraram, por seu turno, as chamadas Guerras de Quarta Geração.

Não obstante o momento temporal do surgimento da Revolução Militar que concebeu esta nova geração polemológica (e, consequentemente, a especial concepção de assimetria reversa em seu sentido mais amplo) ter se originado na denominada segunda fase da Guerra da Coreia, mais precisamente após a destituição do General DOUGLAS MACARTHUR do comando supremo das operações da ONU na península coreana (em 11 de abril de 1951), é fato (inconteste) de que foi no conflito vietnamita que os Estados Unidos se defrontaram, de forma muito mais característica, com a nova estratégia de envolvimento político-militar, através do que ficou convencionalmente chamado de “gradualismo desencorajante”, no contexto das chamadas Guerras Limitadas (em sentido amplo) ou Guerras Localizadas (no sentido mais restrito).


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A ideia central dessa nova abordagem, consistente no emprego gradual do emprego do poder militar, era de mostrar ao (potencial ou efetivo) adversário que a única solução viável para o desfecho (satisfatório) do confronto era a mesa de negociações, compelindo-o, em última análise, a desistir de tentar vir a impor uma eventual vitória militar (e política) no campo de batalha.

Porém, como a própria história encarregou-se de demonstrar, a estratégia de envolvimento seletivo (e altamente restritivo) constituiu-se em um redundante fracasso, mesmo diante da reconhecida derrota militar Vietcong, durante a Ofensiva do Tet em 1968, que praticamente destruiu a capacidade combativa do movimento insurgente, financiado pelo Vietnã do Norte com apoio da China e da União Soviética.

O impasse que se seguiu, na oportunidade, simplesmente paralisou os possíveis (e almejados) ganhos de ambos os lados, com o governo JOHNSON, em final de mandato, se recusando a ceder às crescentes pressões pelo emprego mais amplo do poder militar americano, estabelecendo uma vitória definitiva na contenda.

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