Autoridades do governo da Suíça se reunem na quarta-feira para escolher o próximo caça do país depois de cerca de dez anos de disputas políticas envolvendo empresas europeias e americanas.
Os finalistas da concorrência de seis bilhões de francos suíços (US$ 6,5 bilhões) são o francês Dassault Rafale, o europeu Eurofighter Typhoon, e os americanos Boeing F/A-18 Super Hornet e Lockheed Martin F35-A Lightning II.
Na semana passada, a TV suíça noticiou que o F-35 oferecia os melhores recursos técnicos e financeiros, mas que a decisão final ainda estava aberta.
Analistas acreditam que um possível acordo com um fabricante europeu poderia ser visto como uma tentativa da Suíça de reparar suas relações com a União Europeia depois do fracasso das negociações no início deste ano.
No ano passado, a Suíça aprovou o financiamento para novos caças em um referendo nacional com margem apertada. Pesquisas de opinião mostravam que o plano seria facilmente aprovado, mas apenas 50,2% dos eleitores aprovaram o financiamento em setembro.
O resultado está sendo observado de perto como o primeiro de três confrontos antes das decisões de aquisição na Finlândia e no Canadá.
A Suíça precisa substituir seus Northrop F-5E/F Tiger II e Boeing F/A-18 Hornet, que saem de serviço em 2030. Segundo Gareth Jennings, da Jane’s, ambos os tipos estão sofrendo de fadiga e problemas de manutenção.
Alguns anos atrás os suíços rejeitaram a compra de jatos Saab Gripen da Suécia. Ativistas anti-armamento argumentaram que a Suíça lutou sua última guerra no estrangeiro há mais de 200 anos, não tem inimigos discerníveis, e portanto não precisaria de caças de ponta; mas os apoiadores de Defesa dizem que o país precisa ser capaz de se proteger sem depender de terceiros.