Em sua coletiva de imprensa semanal realizada online, o porta-voz Saeed Khatibzadeh informou sobre as reuniões e viagens do ministro das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, na semana passada, destacando a participação na reunião urgente dos ministros das Relações Exteriores da Organização de Cooperação Islâmica (OIC), na qual expressou a posição do Irã sobre o os últimos acontecimentos na Palestina e a necessidade de reconhecer os crimes cometidos pelo regime israelense como crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
Ele também fez um resumo da viagem de Zarif à Itália, ao Vaticano e à Irlanda, bem como seu telefonema com o chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell.
Sobre o acordo com a AIEA que expirou no sábado, Khatibzadeh disse que o assunto estava sendo discutido no Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã e o resultado seria anunciado pelo conselho ou pela Organização de Energia Atômica do Irã (AEOI).
Sublinhando que o acordo nega o acesso da AIEA além dos acordos de salvaguardas, o porta-voz explicou ainda que o Irã e a agência nuclear da ONU concordaram que as câmeras continuem gravando, mas a agência não teria acesso às gravações.
A restrição estaria em vigor e a decisão final do Irã sobre estender o acordo seria anunciada, de acordo com Khatibzadeh.
Em recente legislação, o Parlamento do Irã estabeleceu um prazo para o governo negar à AIEA qualquer acesso a instalações nucleares além dos acordos de salvaguardas e interromper a implementação do Protocolo Adicional no caso de os EUA se recusarem a remover as sanções.
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O prazo expirou no sábado, enquanto as sanções dos EUA ainda estão em vigor, apesar das melhorias feitas nas negociações para reativar o acordo nuclear, com base no qual os EUA devem remover todas as sanções contra o Irã.
Em relação aos comentários contraditórios de autoridades iranianas e ocidentais sobre o destino das negociações em Viena, Khatibzadeh ressaltou que não houve contradição, pois houve uma melhora considerável e um acordo estava próximo.
Se Washington tomar sua decisão política e se distanciar do comportamento do governo anterior e da campanha de pressão máxima, disse Khatibzadeh, as diferenças restantes seriam facilmente resolvidas.
O Irã insiste que os EUA, como a parte que interrompeu a participação no acordo causando as dificuldades atuais, deve remover de forma verificável todas as sanções antes que o Irã reverta suas medidas de redução de conformidade que foram tomadas para retribuir a retirada dos EUA.
Referindo-se ao fato, o porta-voz destacou que a janela de oportunidade que o Irã oferece para manter o JCPOA vivo não ficaria aberta para sempre.
Questionado se as sanções são dispensadas em períodos de 120 e 180 dias e se isso significa negociações periódicas para garantir dispensas, o diplomata disse que as dispensas periódicas eram relacionadas ao Congresso dos Estados Unidos e que não haveria renegociação para o JCPOA.
Fonte: IRNA.