Bielorrússia força avião a pousar e prende ativista

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Foto: Stringer/EPA-EFE.

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O presidente Alexander Lukashenko, da Bielorrússia, atraiu a ira da Europa com a prisão de Roman Protasevich, editor de um canal de oposição do Telegram e ex-editor do Nexta. Um vôo com destino a Vilnius vindo de Atenas transportando Protasevich foi forçado a pousar em Minsk, supostamente devido a possíveis explosivos a bordo. A ameaça revelou-se falsa e o avião, sem Protasevich, seguiu em direção ao seu destino.

Líderes da UE e da OTAN, bem como seus países membros reagiram duramente à ação de Lukashenko. O assunto da Bielorrússia está quase garantido no topo da agenda na cúpula da UE que terá início neste 24 de maio.

O incidente com o pouso forçado do avião para supostamente prender Roman Protasevich também desencadeou uma forte reação entre a oposição bielorrussa. Muitos deles chamaram o caso de “sem precedentes” e classificaram a ação de Minsk como “um ato de terrorismo de Estado”.


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O membro do Conselho de Coordenação da Oposição Bielorrussa, Pavel Latushko, disse que o fato de um avião pertencente à Ryanair ter sido forçado a pousar na Bielorrússia com o uso da Força Aérea Bielorrussa é mais uma prova de que o direito internacional está sendo violado na Bielorrússia. Posteriormente, ele disse que nem todos os passageiros saíram de Minsk: segundo suas informações, além de Protasevich, outro cidadão bielorrusso e quatro russos não deixaram o país. Svetlana Tikhanovskaya, principal rival de Lukashenko nas eleições presidenciais de 2020, não tem dúvidas de que os eventos foram uma operação dos serviços especiais bielorrussos.

Líderes da UE e de capitais europeias, inclusive influentes como Berlim e Paris, condenaram a aterrissagem do avião. Enquanto isso, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu não deixar o incidente sem consequências. O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, criticou o incidente como um movimento perigoso que exigia uma investigação internacional. O Ministério das Relações Exteriores austríaco também falou a favor de uma investigação.

A Polônia já deu passos específicos. O primeiro-ministro polonês Mateusz Morawiecki disse que apelou à liderança da UE com um pedido para expandir a agenda da cúpula da UE marcada para hoje, 24 de maio, a fim de discutir a Bielorrússia. Ele também afirmou que os voos de companhias aéreas bielorrussas sobre o território da UE deveriam ser proibidos.

Fonte: Tass.

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