A agenda de mudanças climáticas contrasta com as práticas daqueles que a defendem, evidenciando a hipocrisia que marca esse discurso.
Governos, ambientalistas e imprensa tanto repetiram o mantra que a expressão “mudanças climáticas” foi transformada em uma seita. Questionar qualquer hipótese de dúvida ou incongruência passou a ser suficiente para a acusação de prática do argumento coringa dos acuados: “teoria da conspiração”. Recentemente o apresentador da Sky News, Andrew Bolt, afirmou que duvidar das mudanças climáticas se tornou uma “condição mental”. Ele errou apenas o público-alvo.
Bolt diz que um estudo com 390 pessoas da psicóloga Rachael Sherman mostra que aqueles que “sofrem desse distúrbio” por não acreditarem nas mudanças climáticas são tipicamente mais velhos, conservadores e têm “valores ambientais mais baixos”. Diante de tamanha asneira, podemos dizer que a imprensa, a política e a ciência são hoje ferramentas usadas para a legitimação de um pacote de conceitos forjados para atender demandas de grupos poderosos.
O ex-congressista americano David A. Stockman publicou na sua página International Man que no livro Como o mundo realmente funciona, o cientista Vaclav Smil escreve sobre a profunda ignorância dos urbanos modernos sobre as necessidades energéticas e materiais atuais. “Somos uma civilização movida a combustíveis fósseis”, diz Smil. “Não podemos simplesmente nos afastar desse determinante essencial do nosso futuro em algumas décadas, quanto mais anos.” Smil atribui a crença ilusória de que a sociedade pode abandonar os combustíveis fósseis a uma mistura de fato e ficção, tornando as mentes crédulas suscetíveis a visões semelhantes a cultos.
A chamada Crise Climática é uma completa histeria, especialmente quando a análise parte do elementar, o chamado aquecimento global causado pelo homem. As evidências científicas são um desafio para a narrativa das seitas dos pseudo ambientalistas e aderentes. No entanto, eles são persistentes e usam a falsa responsabilidade ambiental como desculpa para os desastres econômicos que se desenrolam e matam pessoas de fome.
Organizações de ajuda humanitária alertaram neste outono que – por culpa das alterações climáticas – países da África Oriental que estão ameaçados pela fome extrema, Quênia, Somália e Etiópia estão enfrentando a pior crise alimentar desde os anos 1980. O mais difícil é a situação na Somália, que este ano vive uma seca de proporções históricas.
Nos últimos anos “90 por cento das importações de trigo vieram do Mar Negro”, dizem as organizações. Acrescentam que “a guerra na Ucrânia afetou negativamente o abastecimento de alimentos de muitos países, e a Somália é o país mais afetado daquela região.
Falar sobre danos das alterações climáticas e se negar à promoção do diálogo entre os queimadores de madeira europeus e a Rússia é tentar desviar o foco na solução e buscar debates secundários e improdutivos, que servem para entreter os incautos seguidores da seita ambientalista.
A proposta dos líderes africanos de reformar o Conselho de Segurança das Nações Unidas ganhou eco através de outros presidentes fora do continente africano e com isso já é possível dizer que foi uma das mais importantes bandeiras defendidas nesta 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Não será uma solução, mas poderá – no futuro – reduzir o impacto nas economias de quem não está diretamente envolvido nos conflitos.
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The man behind the curtain: Inside the secret network of George Soros
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Líderes ocidentais não disseram uma única palavra sobre os bancos centrais e como os povos foram enganados sobre a transição energética. Para piorar, esses mesmos líderes se utilizam das previsíveis consequências dos erros – por eles mesmos praticados – para a imposição de novas rodadas de supressão autoritária da liberdade econômica, exemplificada pela intenção de abolir automóveis movidos a derivados de petróleo.
Na mesma Assembleia Geral o secretário-geral da ONU, António Guterres, até ensaiou alguma empatia aos graves problemas decorrentes desta seita verde que na prática apenas impõe a fome e a morte de milhares de pessoas. Guterres disse que tem trabalhado para convencer os líderes da União Europeia a suspender as sanções às exportações russas de fertilizantes. No entanto, a União Europeia trabalha para sabotar qualquer projeto que dê ao continente africano a necessária autonomia energética.
Com a insanidade de abandonar gasodutos russos e aplicar sanções unilaterais, os países ocidentais provocam ainda mais emissões de dióxido de carbono produzidas pelo homem na indústria naval, à medida que a Europa reorganiza as cadeias de fornecimento de energia para longe da Rússia, adquirindo produtos energéticos vindos de longe.
Os importadores europeus contratam navios-tanque movidos a combustíveis fósseis para transporte de longa distância de produtos energéticos de países do outro lado do mundo. Se não fossem as sanções, o gás natural e outros produtos de energia refinados fluiriam através de gasodutos da Rússia para a Europa. Este amor à causa ambiental é no mínimo estranho.
Não menos importante, a imprensa ocidental publica sem nenhum constrangimento que agora a resistência à energia nuclear está começando a diminuir em todo o mundo com o apoio de um grupo surpreendente: os ambientalistas.
Façamos, portanto, uma reflexão sobre o que alimenta toda esta teia de mentiras: a hipocrisia. Uma explicação mais simples para a hipocrisia dos falsos ambientalistas é que o mergulho de cabeça na piscina vazia do “aquecimento global” de alguma maneira tirou o peso da consciência de muitos que viajam nos seus jatos particulares, mas moralizam sobre as mudanças climáticas.
E neste misto de ostentação do status especial aparente e incapacidade de admitir que há uma visível incompatibilidade entre o discurso e a prática de muitos desse grupo de cosplay do Curupira, somente a hipocrisia justifica este último movimento de poder e superioridade. É a forma encontrada para demonstrar que se joga com um conjunto de regras diferente daquelas seguidas pelas pessoas comuns. A hipocrisia revela que viver de aparências é mais importante do que o abandono da irresponsável moralidade convencional.
Prezado Calasans, obrigada pelo artigo. Caso queira se aprofundar no tema da energia nuclear, sugiro o livro de Fabien Bouglé, Nuccléaire – les vérités cachées.