Após a introdução da proibição da ONU sobre a venda de armamentos à República Islâmica, Teerã começou a desenvolver sua própria indústria de defesa doméstica. Em termos de drones, o Irã atingiu níveis significativos, tentando copiar modelos israelenses e americanos.
O Irã exibiu uma extensa coleção de seus drones militares. A exibição ocorreu durante o desfile anual do Dia do Exército Nacional. Os modelos demonstrados incluíam uma aeronave adaptada para uma variedade de propósitos – desde ataques kamikaze simples e vigilância até ataques de precisão.
Caminhões militares levaram as mais recentes adições à Força Aérea iraniana, o Kaman-22 de reconhecimento e veículo aéreo não tripulado (UAV), mostrado pela primeira vez em 2021, e drones Kaman-12 produzidos pela primeira vez em 2019. A coluna militar também demonstrou o mais antigo Qods Mohajer-6 que foi desenvolvido em 2017, assim como outros UAV nesta família desenvolvidos para fins de combate tático.
Drones de vigilância Yasir mais antigos e o HESA Karar UAV, normalmente usado em exercícios de tiro, também foram mostrados durante o desfile, que foi limitado em escala este ano devido às limitações do covid-19.
Os veículos militares também carregavam vários modelos de sistemas de mísseis guiados iranianos, como o míssil de longo alcance Damavand e o sistema Zolfaqar, que dispara mísseis de baixa altitude e curto alcance.
Indústria de defesa prosperando sob pressão
O caminho do Irã para se tornar uma potência operacional de drones na região começou com as capacidades sendo significativamente limitadas por sanções internacionais. O país teve que contar com a cópia de modelos de drones estrangeiros, recuperando destroços de países próximos ou depois que eles foram derrubados nos céus iranianos.
Agora, a Força Aérea iraniana e os demais militares podem operar “mais profissionalmente do que nunca” usando equipamentos militares modernos desenvolvidos em condições de “guerra econômica”, disse o presidente do país, Hassan Rouhani. “O moral das forças militares e de seu armamento nunca esteve melhor do que hoje”, acrescentou Rouhani.
Os drones não são a única esfera em que a indústria de defesa iraniana tem feito progressos nas últimas décadas. O país está atualmente produzindo suas próprias armas de pequeno porte, navios de guerra, jatos e mísseis, incluindo foguetes balísticos. Este último tem sido um ponto de preocupação para Israel e os EUA, com Washington sugerindo que o programa de mísseis balísticos do Irã seja limitado pela comunidade internacional, assim como seu programa nuclear. Teerã, no entanto, rejeita qualquer ideia dirigida a impedir o desenvolvimento de seu próprio armamento de mísseis balísticos, insistindo que não representa uma ameaça aos EUA devido ao raio limitado dos mísseis iranianos.
Fonte: Sputnik.