A FEB pela perspectiva do sargento Max Wolff Filho

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Última fotografia do sargento Max Wolff Filho à frente de seus homens, imagem de 12 de abril de 1945
(Doroti Szeremeta/CC-BY-SA-4.0).

Por Albert Caballé Marimón*

Última fotografia do sargento Max Wolff Filho à frente de seus homens, imagem de 12 de abril de 1945 (Doroti Szeremeta/CC-BY-SA-4.0).

Uma história da Força Expedicionária Brasileira contada pela perspectiva do sargento Max Wolff Filho, um dos bravos brasileiros que lutaram na Segunda Guerra Mundial.


O matraquear da ‘Lurdinha’ era intenso.

Esse apelido surgiu entre os soldados brasileiros, sabe o diabo o porquê, para esse tipo de metralhadora alemã. Nosso maior temor.

– A Lurdinha está cantando – disse Jairon, com o olhar tenso.

Conforme progredíamos por entre os arbustos o som ia se tornando cada vez mais forte. Fiz um breve sinal para meus companheiros que iniciaram um deslocamento pelos flancos do pequeno bosque.

Claramente as vozes que se ouviam eram dos tedescos… Pareciam estar bem tensos. Ri internamente lembrando quando fui voluntário para esse inferno. Inferno? Por que estou pensando dessa maneira? Eu adoro isso tudo!


Esse é o início do primeiro capítulo do livro Fibra de Herói: Uma história da Força Expedicionária Brasileira, de autoria de Ulisses Vakirtzis.

A obra, nas palavras do autor, não pretende ser “a” história da Força Expedicionária Brasileira (FEB), mas “uma” história, contada pela perspectiva do sargento Max Wolff Filho. O sargento Wolff foi um brasileiro, dentre muitos bravos brasileiros, que lutou em uma das guerras mais cruéis da história da humanidade.

Sua memória, como a de muitos outros, foi esquecida e não teve o justo reconhecimento. Apesar de seu nome ter marcado a memória histórica militar brasileira, seu reconhecimento é relativamente recente nas fileiras do Exército. Como ele, muitos brasileiros, heroicos em suas ações em combate, jazem no silêncio da História.


LIVRO RECOMENDADO:

Fibra de Herói: Uma história da Força Expedicionária Brasileira

  • Ulisses Vakirtzis (Autor)
  • Em português
  • Capa comum

O nome de Max Wolff Filho é quase que uma lenda entre os ex-combatentes que participaram da Segunda Guerra Mundial, porém são poucos os documentos que retratam sua pessoa. De sua vida militar antes da guerra, pouco se sabe.

Assim, o autor procurou traçar seu perfil psicológico através dos relatos de companheiros de combate do 11º Regimento de Infantaria, dos correspondentes de guerra, em especial, os jornalistas Rubem Braga e Joel Silveira, e de sua filha, Hilda Chaves Wolff. Esses relatos serviram para dar alma ao personagem do livro apresentado aos leitores.

Sobre o autor

Ulisses Vakirtzis nasceu em São Paulo, em 1970. É formado em História e Pedagogia e possui pós-graduação em Gestão Pública e MBA em Gestão Escolar. Foi militar de carreira na Marinha do Brasil, servindo a bordo da fragata União (F-45). Atualmente, é diretor de escola na Prefeitura de São Paulo. É também autor do livro Gladiadores do Céu.

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3 comentários

  1. Parabéns. Interessante q não se acha todas as datas de promoção do mesmo. Será que houve promoção pós morte? Como reservista foi reconhecido como Cabo? Ou como Sargento?

    1. Julio, o sargento Max Wolff Filho se voluntariou como 3° sargento, foi promovido a 2° sargento após receber a medalha Bronze Star. Foi promovido a tenente pós-morte.

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