A OTAN foi incapaz de se adaptar à nova realidade de segurança e, em vez de unir forças, impõe uma agenda à Rússia que deveria ter sido deixada em meados do século XX, disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Grushko, a jornalistas na terça-feira.
“Vemos a situação militar degradar-se artificialmente. A Guerra Fria deveria ter ficado no passado. No entanto, a OTAN foi incapaz de se adaptar à nova realidade em segurança e regressou às suas raízes – a necessidade de proteger seus membros da ‘ameaça’ do Leste – e atualmente efetivamente impõe sua agenda, que deveria ter permanecido em algum lugar na década de 1950, para a Federação Russa”, disse Grushko.
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Isso é lamentável, disse ele, porque, ao invés de dialogar e unir forças para a segurança comum, os lados têm que “se engajar na dissecação das ameaças” criadas artificialmente perto das fronteiras russas. Simultaneamente, tal atividade da OTAN não permite à UE se tornar um verdadeiro ator em questões político-militares, obter autonomia e delinear seus interesses, que não poderiam se basear em relações anormais com a Rússia.
“Esta atividade da OTAN também obstrui as ambições da UE de estabelecer uma autonomia político-militar, tornar-se um verdadeiro ator em questões político-militares e, mais uma vez, formular seus interesses nacionais independentes. Estamos certos de que os interesses da Europa não podem ser relações anormais com a Rússia. Também queremos construir relações normais e saudáveis com a Europa”, destacou o diplomata.
Fonte: Tass.