Isaac Herzog, político veterano e descendente de uma proeminente família israelense, foi eleito presidente na terça-feira, um papel amplamente cerimonial que deve servir como bússola moral da nação e promover a unidade.
A votação anônima foi realizada entre os 120 membros do Knesset, ou parlamento. Herzog será o 11º presidente de Israel, sucedendo Reuven Rivlin, que deve deixar o cargo no mês que vem, após sete anos.
Herzog, 60, é ex-líder do Partido Trabalhista de Israel e líder da oposição que concorreu sem sucesso contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu nas eleições parlamentares de 2013.
Ele é descendente de uma importante família sionista. Seu pai, Chaim Herzog, foi embaixador de Israel nas Nações Unidas antes de ser eleito presidente. Seu tio, Abba Eban, foi o primeiro ministro das Relações Exteriores de Israel e embaixador nas Nações Unidas e nos Estados Unidos. Seu avô foi o primeiro rabino-chefe do país.
Herzog derrotou Miriam Peretz, uma educadora vista como forasteira com os pés no chão. Ela também era vista como mais próxima do campo político conservador e nacionalista dominante do país.
Laços profundos com o establishment político
Herzog serviu como chefe da Agência Judaica, uma organização sem fins lucrativos que trabalha em estreita colaboração com o governo para promover a imigração para Israel, nos últimos três anos, desde que renunciou ao parlamento. Ele era amplamente considerado favorito devido a seus laços profundos com o establishment político. Permanecerá no cargo por um único mandato de sete anos a partir de 9 de julho.
O presidente, embora seja basicamente um chefe de estado cerimonial, tem a tarefa de formar coalizões de governo após as eleições parlamentares. Israel realizou quatro eleições nacionais nos últimos dois anos em meio a uma prolongada crise política.
Os oponentes de Netanyahu enfrentaram um prazo de meia-noite nesta quarta-feira para formar um novo governo de coalizão. Se eles falharem, o país pode mergulhar em outra campanha eleitoral.
O presidente também tem o poder de conceder perdões – criando uma situação potencialmente delicada enquanto Netanyahu é julgado por uma série de acusações de corrupção.
Fonte: France 24/AP.