Países bálticos prometem estreitar laços de defesa com olhos na Rússia

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Soldados lituanos da missão Lynx da OTAN na base de Rukla, em setembro de 2020 (Foto: Ludovic Marin/AFP).

Soldados lituanos da missão Lynx da OTAN na base de Rukla, em setembro de 2020 (Foto: Ludovic Marin/AFP).

Os governos da Estônia, Letônia e Lituânia concordaram em estreitar sua cooperação de defesa, prometendo explorar a aquisição conjunta de novos lançadores de foguetes em meio a temores de movimentos militares russos em sua vizinhança, disseram os países em declaração conjunta.

O anúncio de segunda-feira segue-se a uma reunião em 21 de maio dos três ministros da defesa em Siauliai, Lituânia, um trampolim para a cúpula da OTAN em 14 de junho em Bruxelas.

“Discutimos exaustivamente as expectativas para a próxima cúpula da OTAN com nossos colegas do Báltico”, disse o ministro da Defesa da Estônia, Kalle Laanet, em um comunicado divulgado por sua agência. “Acreditamos que a OTAN precisa enviar uma mensagem clara e forte sobre a ameaça russa e fazer da defesa coletiva a tarefa mais importante da aliança na próxima década.”

A aquisição conjunta de armas está na agenda para aumentar a cooperação no Báltico há algum tempo. Os países decidiram agora iniciar os trabalhos preparatórios para um sistema de foguetes de lançamento múltiplo, de acordo com a declaração. A arma entraria em serviço em algum momento após 2025.

“Eu já enfatizei que a cooperação no campo do desenvolvimento de capacidades entre a Estônia, a Letônia e a Lituânia tem um grande potencial e um papel extremamente importante no fortalecimento da segurança na região”, disse Laanet. “O desenvolvimento de capacidades estrategicamente importantes consome muitos recursos, e é por isso que precisamos pensar cuidadosamente sobre como garantir a utilização mais eficiente de recursos limitados.”


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Os três ministros da defesa enfatizaram a defesa aérea como uma capacidade vital que eles desejam ver fortalecida em conjunto com a OTAN. As autoridades do Báltico fazem lobby há anos para que a aliança expanda seu programa de policiamento aéreo na região em um guarda-chuva mais abrangente contra todas as formas de ameaças aéreas.

Estônia, Letônia e Lituânia, anteriormente parte da União Soviética, abrangem uma área estratégica importante no flanco oriental da OTAN. A anexação da Crimeia da Ucrânia pela Rússia em 2014 gerou temores nas três nações de que a Rússia poderia usar as táticas empregadas durante essa operação em um movimento surpresa contra o Báltico.

A declaração conjunta dos países deixa claro que eles percebem o conflito latente no leste da Ucrânia com um pressentimento. Eles pedem aumento na assistência militar internacional à Ucrânia e à Geórgia, com a ideia de fortalecer sua defesa e resiliência e, ao mesmo tempo, aumentar a interoperabilidade com as nações da OTAN.

Os três governos acolheram “consultas” entre os Estados Unidos e aliados sobre a revisão da postura de força global em curso no Pentágono, destacando as tropas americanas no flanco oriental da OTAN como “um dos principais e mais viáveis ​​meios de defesa contra a Rússia agressiva e revisionista”.

Fonte: Defense News.

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