Incidentes com bombas: como se preparar?

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Capa-Bomba

Imagem: Ctech.

O aspecto mais importante e delicado relacionado a uma ameaça de bomba está constituído pelo sucesso real e concreto decorrente de uma explosão em um dos objetivos cuja defesa é de responsabilidade da segurança.


A experiência adquirida até hoje indica que o mais provável é encontrar-se diante de uma ameaça de artefatos explosivos, que muitas vezes resulta duvidosa e com muitos vestígios de ser falsa, portanto, o planejamento da proteção da planta tem por objetivo final cobrir por completo todos os aspectos ou reações que poderiam produzir-se em cada caso.

Planejamento x ameaça de bombas

O centro de gravidade do planejamento deverá orientar-se com base nos acontecimentos e circunstâncias que tenham maior probabilidade de acontecer e, ao mesmo tempo, ameaçam o maior número possível de pessoas.

Por outro lado, cada funcionário ou visitante que ingresse nas dependências da planta deverá ser previsto em uma eventual evacuação.

Avaliação da ameaça de bomba

O primeiro ponto a considerar-se deverá ser como e quando se vai receber a ameaça. Normalmente a ameaça de bomba chega através de três formas:

  • Chamadas e/ou mensagens telefônicas anônimas;
  • Por correio;
  • Mediante mensagens sub-reptícias de origem ignorada.

Em cada um dos casos acima referenciados, as perguntas fundamentais a serem formuladas são as seguintes:

  • Quem seria o alvo com maior margem de probabilidade de receber uma ameaça?
  • Se existem possibilidades do objetivo de a ameaça ser algum ponto vital da instalação?

Proteção de instalações

Entende-se como conjunto de planos, as operações, equipamentos, sistemas e normas de procedimentos que visam preservar os bens móveis ou semoventes, instalações, matéria prima, produtos terminados, documentos e valores que possui a instalação e protegê-la contra todo intento de apoderamento ilícito, destruição ou perda por qualquer origem ou forma que se possa efetuar, abrangendo o seu interior e exterior.


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Segurança antibomba – como fazer?

  • Desenvolver de forma completa um plano de incidente com bomba, incluindo no mesmo uma lista de pessoas com prioridade para serem notificadas e estar seguro de que pelo menos uma delas se encontre sempre disponível;
  • Analisar todo sistema operativo da instalação, identificando aqueles que possam ser interrompidos sem que causem sérios riscos de danos ou prejuízos;
  • Manter em arquivo, de fácil acesso, dados relativos à estrutura das plantas e suas respectivas instalações, identificando as zonas que se encontram protegidas por barreiras sólidas ou outras características;
  • Planificar rotas de evacuação e pontos de concentração;
  • Treinar chefes e agentes de segurança;
  • Adquirir equipamentos de busca e identificação de bombas;
  • Preparar executivos e o alto escalão da empresa para eventuais incidentes com bombas;
  • Controlar, de forma rigorosa e eficiente, os meios materiais que facilitem a atuação dos causadores da crise;
  • Estabelecer contatos com autoridades policiais especializados e assessoria profissional (técnicos em explosivos).

Medidas de ação

  • Descobrir a ameaça por informações ou técnicas de busca e localização;
  • Análise da situação: objetivo do agente, oportunidade para atentado, meios necessários, formas de atuação, motivação, etc.;
  • Controle da ameaça através da elaboração de um plano de incidentes com bombas;
  • Neutralização.

Ações preventivas de bombas

São ações que podem e devem ser realizadas pelas empresas, através da sua estrutura de segurança. Essas ações compreendem, essencialmente:

  • Segurança de pessoal e instalações: controle de acesso de pessoas, objetos, veículos e correspondência;
  • Análise de atentados à bomba: execução de um Trabalho de inteligência, traçando o perfil dos atentados e prevendo as possibilidades de ocorrências;
  • Realização de buscas preventivas, tanto como rotina operacional ou como resposta imediata a uma ameaça de bomba;
  • Localização de objetos suspeitos: adoção de medidas e procedimentos de segurança e evacuação, se for o caso;
  • Fornecer conhecimento técnico aos profissionais de segurança.

Medidas de reação – evacuação

Pode-se considerar a evacuação como uma medida de reação após a notícia da possível existência de um artefato suspeito. Como premissa fundamental têm-se que uma decisão de evacuação precipitada contribui ao logro do terror (psicológico ou real), porque paralisa ou altera a atividade do lugar afetado e, mal controlada, pode gerar pânico.

Após decidir pela evacuação, seja ela total ou parcial, alguns pontos devem ser observados, tais como:

  • Não provocar alarme generalizado;
  • Selecionar itinerários e canalizar pessoas pelas rotas selecionadas, dando prioridade a evacuação das zonas mais próximas do local de risco que deverá estar obrigatoriamente sinalizada, conduzindo-as a um local seguro e pré-determinado;
  • Os responsáveis setoriais deverão orientar o pessoal a fim de que observem a presença de algum objeto estranho, bem como levar consigo seus pertences pessoais.

Finalmente, toda evacuação deverá ser realizada com ordem, rapidez e disciplina. As medidas são eficazes, quando cumpridas.

Dificuldades

  • Falta de treinamento;
  • Grandes superfícies com pequenos acessos;
  • Ingerência humana;
  • Fator tempo;
  • Número de pessoas.

Estudo de Caso

  • Efetuar uma total revisão da planta;
  • Efetuar uma revisão a fundo das atitudes e comportamentos do pessoal da instalação;
  • Verificar as omissões que tenham ocorrido;
  • Efetuar as revisões que se resultem necessárias.

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