Artigo publicado no The Economic Times em 9 de outubro de 2020. Traduzido e adaptado por Albert Caballé Marimón*
O marechal-do-ar indiano Rakesh Kumar Singh Bhadauria disse que a Índia tem capacidade semelhante, referindo-se aos drones suicidas Harop/Harpy de origem israelense, mas observa que UAV são muito suscetíveis à ação inimiga e devem fazer parte de um mix mais amplo de armas em qualquer conflito.
A Índia está acompanhando de perto o conflito Armênia-Azerbaijão, repleto de dramáticas imagens de ataques aéreos com drones, mas a liderança militar observa que apenas UAVs (Unmanned Aerial Vehicle, veículos aéreos não tripulados) não podem vencer guerras e são mais importantes nas fases iniciais das tensões.
O marechal-do-ar Rakesh Kumar Singh Bhadauria, chefe do estado-maior da Força Aérea da Índia, disse que o país tem capacidade semelhante disponível – referindo-se aos drones suicidas Harop/Harpy de origem israelense em serviço na força aérea indiana – mas que os UAV são muito suscetíveis à ação inimiga e devem fazer parte de um mix mais amplo de armas qualquer que seja o conflito.
“Sempre haverá limitações quando os drones forem usados para atacar da maneira como foram usados neste conflito. Alguns cairão por ação do inimigo e uma porcentagem terá sucesso. Deve-se ter uma combinação de tais recursos, mas não podemos planejar ganhar uma guerra apenas com eles”, disse o militar em entrevista ao jornal indiano The Economic Times.
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Ele descreveu o conflito Armênia-Azerbaijão como interessante de assistir e disse que o papel desempenhado pela mídia na cobertura da crise também está sendo observado de perto. O chefe da força aérea disse que os drones têm limitações e que seu papel é mais importante na construção de um conflito.
“Os drones são uma parte importante para a vigilância e coleta de inteligência. Seu papel no desenvolvimento de um conflito é muito importante. No entanto, uma vez iniciado o conflito, eles se tornam suscetíveis à ação inimiga, o que é um fato conhecido”, disse ele.
Sobre o custo exorbitante de aquisição de drones armados – a Índia está em negociações com os Estados Unidos para adquirir 20 unidades do MQ-9 Reaper armados por cerca de US$ 3 bilhões – o chefe da força aérea disse que as finanças precisam ser levadas em conta antes de buscar tal capacidade.
“No caso do custo dos drones, há um problema. A capacidade tem seus próprios custos. Na avaliação final, antes de prosseguirmos, vamos levar em consideração todos os aspectos”, disse o militar, sem entrar em detalhes sobre as aquisições planejadas.
Se o acordo de US$ 3 bilhões com os EUA por drones armados for aprovado, será a plataforma não tripulada mais cara já comprada pela Índia, que até agora contou com tecnologia israelense. Além de um programa de desenvolvimento interno para drones armados, a Índia também está armando seus UAV de origem israelense com sistemas de armas convencionais.
*Albert Caballé Marimón possui formação superior em marketing. Depois de atuar trinta e sete anos em empresas nacionais e multinacionais, há cinco anos dedica-se à atividade de pesquisador nas áreas de História Militar, Defesa e Geopolítica. É fotógrafo profissional e editor do blog Velho General. Já atuou na cobertura de eventos como a Feira LAAD, o Exercício CRUZEX, a Operação Acolhida e proferiu palestras na AFA, Academia da Força Aérea. É colaborador do Canal Arte da Guerra. Pode ser contatado pelo e-mail caballe@gmail.com.
Excelente.
Obrigado!
Saudações! Eu acompanho na medida do possível o trabalho do Albert no canal ARTE DA GUERRA do Comandante Farinazzo. É um canal muito sério mas, a gente dá muita rizada também. Tem outros combatentes relevantes também como o Caiafa, o Salles, o Mário Sérgio, o Cel Blaso, Fontoura, um grande abraço para ele. Eu tenho notado a ausência do Caiafa no canal e tenho notado que o Cel Blaso tem postado poucos vídeos no canal dele. Enfim! É uma equipe que eu considero professores de um curso sobre conhecimento e educação na área militar e Geopolítica. O Albert marca mais presença no canal e é mais assistido por nós. Um grande abraço!
Eduardo, agradecemos muito por nos acompanhar. Infelizmente a dinâmica do dia a dia e das demais atividades de cada um impede uma maior interação, mas na medida do possível vamos fazendo. Comentários como o seu são muito importantes e nos animam a continuar. Mais uma vez obrigado e um forte abraço!
Faço minha as suas palavras. Temos um espaço pra formação em segurança nacional, internacional, pública, geopolítica e política nacional.
Muito obrigado Paulo! Agradeço pelo comentário e por nos acompanhar nessa jornada. Forte abraço!
Sensacional!
Grato por comentar! Um abraço!
Excelente artigo. O marechal-do-ar indiano faz um bom contra-ponto para a utilização única de drones em batalhas.
Exatamente Paulo. Drones são e serão peças cada vez mais importantes, mas não a panacéia miraculosa que muitos pensam. Grato por comentar, forte abraço!
otimo leitura
Muito obrigado! Um abraço!