Por Albert Caballé Marimón |
Os caças F-35B do Reino Unido voaram suas primeiras missões operacionais sobre a Síria e o Iraque como parte da operação britânica contra o ISIS. A primeira missão dos jatos, que operaram a partir da base RAF Akrotiri, no Chipre, foi realizada após um bem sucedido período de treinamento. As informações foram fornecidas pelo Ministério da Defesa britânico na último terça-feira, 25 de junho.
Seis aeronaves F-35B do Esquadrão 617 da RAF, pilotadas por militares da Royal Air Force e da Royal Navy, chegaram à RAF Akrotiri em 21 de maio para uma missão de seis semanas no exercício Lightning Dawn. Dois F-35B realizaram uma primeira patrulha na Síria em 16 de junho e desde então foram realizadas outras 12 missões. As surtidas foram realizadas como parte da Operação Shader, de combate aos remanescentes do ISIS.
Oficiais britânicos disseram que inicialmente não havia planos para realizar missões de combate, mas, devido ao “desempenho excepcional” das aeronaves, decidiu-se que estavam prontas para a estreia operacional.
Os F-35B realizaram missões de reconhecimento armado equipados com bombas guiadas Paveway IV de 500 libras e mísseis antiaéreos AIM-120 (AMRAAM). Não realizaram nenhum ataque, mas, operando com os Eurofighter Typhoon, usaram seus sofisticados sensores para coletar informações. Embora os F-35B ainda apresentem uma série de problemas técnicos, a RAF informou que as operações transcorreram “excepcionalmente bem” e descreveu os F-35B como os melhores “olhos e ouvidos” do campo de batalha.
Com a confirmação destas missões, o Reino Unido passa a ser o terceiro país a operar o F-35 em combate, depois de Israel e dos Estados Unidos.
O Typhoon tem substituído o Tornado, que foi aposentado da RAF no início deste ano, mas o F-35B traz capacidades de fusão de sensores e compartilhamento de dados inexistentes no Tornado e superiores ao Typhoon. O sistema eletro-óptico de direcionamento de alvos (EOTS, Electro Optical Targeting System) do F-35B possui capacidades avançadas de inteligência, vigilância e reconhecimento, e seus sistemas de guerra eletrônica podem capturar passivamente informações sobre assinaturas eletrônicas de radares e outros emissores.
Dadas estas possibilidades, alguns analistas especulam que, embora a missão do Esquadrão 617 seja combate ao ISIS, nada impede que os jatos estejam gravando informações sobre as defesas aéreas sírias, russas ou iranianas na região, bem como sistemas de interferência eletrônica baseados em terra, uma vez que essas informação podem ser extremamente valiosas no futuro.
O Ministério da Defesa do Reino Unido informou também que os seus F-35B participaram de uma missão de treinamento conjunto com os F-35 dos EUA e de Israel. Estas operações dão à RAF e à RN uma importante experiência em ambiente de combate real que será extremamente valiosa no desenvolvimento de doutrinas, táticas e procedimentos de operação e emprego da nova aeronave.
RECOMENDADOS PELO VELHO GENERAL
X-35: Progenitor to the F-35 Lightning II
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F-35 Lightning II Illustrated (The Illustrated Series of Military Aircraft)
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American Gripen: The Solution To The F-35 Nightmare
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Caramba, este último livro recomendado é um samba do crioulo doido… Fala de F-35, mas tem Gripen no título e um F-22 na capa.
Kleber, o livro aborda vários assuntos: faz críticas ao F-35, defende a fabricação do Gripen nos EUA como alternativa e procura discutir as funções de um caça ideal. Grato por comentar, um abraço.