Sobre Suzano. Sobre o Brasil.

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Este assunto não é o objetivo deste blog; nosso tema não é “armas” e muito menos violência ou crime. Mas neste momento de comoção nacional, o Velho General não pode deixar de se manifestar.

Não faço idéia de quais foram os motivos dos dois rapazes de Suzano. Não consigo atinar as razões que levam alguém – especialmente tão jovem – a tomar uma atitude como esta e, deliberadamente tirar a vida de pessoas inocentes.

Suspeito que, como quase tudo, a razão não deve ser única, mas um conjunto de coisas. Os jovens que perpetraram o ato, em minha humilde opinião, certamente tinham algum distúrbio, mesmo que silencioso.

Mas independente de qualquer problema que pudessem ter, a sociedade precisa repensar algumas coisas. A segurança nas escolas é uma delas. É fácil entrar numa escola, e num mundo ideal não deveria ser diferente. Mas é algo a ser considerado. Um mínimo de segurança talvez tivesse evitado ou pelo menos minimizado o caso.

Precisamos pensar também no que nós, como sociedade, estamos nos transformando. O que estamos fazendo, o que estamos incentivando. Vivemos uma polarização. O que se vê hoje, é sempre o “nós” contra “eles”, seja lá quem forem “eles”. Ou mesmo “nós”.

O Estado, seja qual for a razão, não consegue cumprir seu papel de proporcionar segurança à população – aliás não é a única área em que vem falhando.

Mas nós, por outro lado, nos tornamos cadavez mais insensíveis. A violência está se tornando parte do cotidiano. Vídeos violentos, mortes e cadáveres são compartilhados pelas redes sociais, e parecem sensibilizar cada vez menos.

Não, eu não  compartilho da idéia de que vídeos, filmes ou videogames sejam as causas de atos violentos como o de Suzano; mas penso que essa exposição constante acaba banalizando a violência e contribuindo para nos tornar a cada dia mais insensíveis.

Temos que estar atentos à nossa segurança e a dos que nos rodeiam. Loucos sempre existirão, e é impossível prever suas ações. Mas é responsabilidade de todos nós pensar sempre em que atitudes devemos ter no dia-a-dia. Tanto para nossa proteção e dos nossos, como para prevenir que coisas assim aconteçam. Ou pelo menos para minimizar os danos.

Não sei qual é – ou provavelmente quais são – as soluções. Mas tudo na vida sempre passa por atitudes. E neste momento o Brasil – nosso país, nossa sociedade – precisa de atitudes positivas.


Compartilho aqui o vídeo do Arte da Guerra também sobre este assunto.


 

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6 comentários

  1. Prezado Albert,

    Excelente artigo.

    Enquanto o povo briga por causa de ideologias, se esquecem de valores mais urgentes e importantes para serem tratados.

    Enquanto as ideologias vierem na frente e a realidade do que é importante vier depois, a sociedade vai continuar padecendo e apodrecendo.

    Forte abraço.

  2. Excelente reflexão, diante de tantas tragédias cabe a sociedade brasileira repensar as suas atitudes e procurar corrigi-las enquanto há tempo.

  3. Parabéns ao autor por sua análise clara e precisa da situação atual demostrada pelo trágico acontecimento em Suzano. E por nós ajudar a refletir e mudarmos de rumo enquanto sociedade,mas antes de tudo como ser humano

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