Carlos Antônio Napion, patrono do Material Bélico, foi um pioneiro da ciência militar; chegando ao Brasil em 1807, modernizou a artilharia, dirigiu arsenais e fundou a Academia Real Militar, deixando um legado inestimável para o Exército.
Hoje celebramos a memória do tenente-general Carlos Antônio Napion (Carlo Antonio Napione), patrono do nosso Quadro de Material Bélico e da cadeira que tenho a honra de ocupar na Academia de História Militar Terrestre do Brasil.
Napion nasceu em Turim, Itália, em 1756, e dedicou sua vida à ciência militar. Especialista em artilharia, química e metalurgia, foi um dos fundadores da Academia de Ciências de Turim. Em 1783, ainda como jovem tenente, participou de um teste histórico com balão cativo para fins militares, tornando-se um verdadeiro pioneiro da aviação militar mundial.
Chegou ao Brasil em 1807 com a Família Real Portuguesa e, em apenas sete anos, deixou um legado extraordinário: reorganizou a artilharia, dirigiu arsenais e fábricas e impulsionou a pesquisa científica militar, inclusive testando fórmulas inovadoras de pólvora na Fábrica da Lagoa. Assumiu, com grande distinção, o cargo de primeiro comandante da então recém-criada Academia Real Militar, embrião da atual Academia Militar das Agulhas Negras.
Ao longo de sua carreira, Napion desempenhou com enorme destaque inúmeras comissões de grande relevo, sempre pautado pelo rigor técnico, espírito inovador e profundo compromisso com o progresso da ciência militar.
Faleceu no Rio de Janeiro em 1814, mas sua contribuição permanece viva na estrutura e na história do nosso Exército.
Que seu exemplo continue nos inspirando!
