Moscou não descarta medidas militares em resposta as ameaças de mísseis do Ocidente

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Foto: Mark Wright//Missile Defense Agency/AP Photo.

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Os planos do Reino Unido e dos EUA para implantar mísseis terrestres de curto e médio alcance estão tornando a prevenção de uma possível escalada muito mais difícil, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, na segunda-feira.

O ministério também não descartou o uso de medidas militares em resposta às ameaças de mísseis oriundas do Ocidente.
Nas últimas semanas, o Pentágono fez muitas declarações sobre medidas práticas para o lançamento de mísseis, que foram anteriormente proibidos pelo extinto Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF, Intermediate-Range Nuclear Forces), e “os militares do Reino Unido aderiram às declarações abertamente hostis e ações desestabilizadoras”, lembrou Zakharova em seu comunicado, divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

“A implementação de tais programas militares está ganhando impulso, o que obviamente leva a estreitar o espaço para uma solução política e diplomática do problema pós-INF e para evitar uma escalada séria na esfera dos foguetes”, disse Zakharova.

Esses desenvolvimentos estão ocorrendo em meio à ausência de sinais claros da nova administração presidencial dos EUA e da esmagadora maioria dos aliados de Washington na OTAN, continuou a porta-voz.

“Certamente não fechamos a porta para o diálogo, mas levando em consideração a situação que vem se desdobrando, não descartamos que a Rússia será forçada a mudar cada vez mais seu foco para a resposta militar e técnica às ameaças de mísseis emergentes”, advertiu Zakharova.

Em 2019, os Estados Unidos retiraram-se do INF com a Rússia e passaram a testar uma nova geração de mísseis balísticos balísticos e de médio alcance baseados em terra. Vários meios de comunicação noticiaram que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos já está procurando reforçar sua presença no Indo-Pacífico com uma rede de mísseis terrestres em instalações militares na região.

Enquanto isso, Londres anunciou no mês passado planos para aumentar o tamanho de seu arsenal nuclear de 180 para 260 ogivas implantadas até o ano 2030, dizendo que a implantação menor “não era mais possível” devido a uma “gama crescente de ameaças tecnológicas e doutrinárias”.

O INF foi assinado em 1987 pelo líder soviético Mikhail Gorbachev e pelo presidente dos EUA Ronald Reagan. O tratado proibia o desenvolvimento, a construção ou implantação de mísseis baseados em terra na faixa de 500 a 5.500 km. Em 2019, Donald Trump o encerrou, deixando o Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas. Washington concordou em estender o New Start até fevereiro de 2026, após meses de pressão do lado russo para fazê-lo.

Fonte: Sputnik News.

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