Ao final do prazo, o concurso se encerra, infelizmente sem um vencedor. Ninguém acertou quais são os aviões do texto, que é do livro “Caças a Jato”, editado pela Abril Cultural em 1976. O texto refere-se aos então protótipos YF-16 e YF-17, que participavam da concorrência para o novo caça da USAF. O vencedor, o YF-16, tornou-se o hoje consagrado F-16. O texto tratava da escalada de preços das aeronaves de combate – discussão nem tão diferente da que vemos hoje em dia. Confira o texto.
PARA ONDE VAMOS?
O futuro dos jatos de combate é incerto. A maioria dos caças produzidos nos últimos anos tem sido utilizada também em missões de combate e reconhecimento, enquanto que alguns interceptadores nem chegaram a entrar em serviço.
Teriam o YF-16 e YF-17 marcado a tendência dos futuros projetos de aviões de combate? Ou serão lembrados simplesmente como frutos de idéias brilhantes, que aos poucos se transformaram em caças pesados, complexos e dispendiosos?
O desenrolar dos acontecimentos não encoraja muito a se responder afirmativamente à primeira pergunta. O único exemplo recente nesse sentido — o Folland Gnat – conseguiu sucesso, oferecendo algumas soluções inusitadas e inovadoras, mas não poderá, por si só, modificar as atuais tendências.
As últimas estimativas do YF-16 como avião de produção normal indicavam um custo entre 4 e 5 milhões de dólares, mas a escalada, a inflação e outros inimigos dos custos estáveis deverão influir muito no programa de desenvolvimento do aparelho. Com o tempo, os YF-16 e YF-17 deverão se tomar inexoravelmente mais pesados e mais caros, o que talvez ocorra também com o F-15. No futuro, um F-15 poderá custar cerca de 20 milhões de dólares e um F-16 até 8 milhões. Não há como se saber ao certo o que o futuro trará em termos de tecnologia, mas podemos tomar como base o F-16 e F-17 para ver o que está ocorrendo hoje.