
A China exibiu em desfile seu poderio militar avançado, com lasers, drones com IA e mísseis intercontinentais, sinalizando uma mudança estratégica e a ascensão do país como líder tecnológico e potência global.
Em 3 de setembro de 2025, a China realizou um desfile militar grandioso na Praça Tiananmen, comemorando 80 anos da vitória na Segunda Guerra Mundial. O evento, que contou com a presença de líderes como Xi Jinping, Vladimir Putin e Kim Jong-un, serviu como uma demonstração inequívoca do avanço tecnológico e militar chinês. Entre os destaques, foram apresentadas armas a laser capazes de desativar eletrônicos, drones avançados — aéreos, terrestres e marítimos — com inteligência artificial e uma nova geração de mísseis intercontinentais, fortalecendo significativamente sua tríade nuclear.
Essa demonstração sublinha uma mudança estratégica na doutrina militar chinesa, que agora prioriza sistemas autônomos e inteligentes, incorporando lições da guerra na Ucrânia sobre o uso extensivo de drones. A capacidade de projetar poder regional também foi enfatizada com novos navios aptos a formar píeres móveis — uma clara indicação de capacidade para operações anfíbias — um recado sobre Taiwan? — além da expansão de sua frota de porta-aviões e aeronaves de reabastecimento aéreo.
O desfile consolidou a imagem da China como líder tecnológica em robótica, IA e drones, não mais uma mera imitadora, e revelou que o Exército de Libertação Popular está em rápida transformação, buscando reequilibrar o cenário militar global. A mensagem foi clara: a China está pronta para redefinir o tabuleiro geoestratégico, investindo em sistemas altamente integrados com tecnologias quânticas e IA, demonstrando uma independência tecnológica que a torna distante de seu passado de importação de armamentos.

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O poderio militar da China: Avaliação de suas capacidades atuais e futuras
• Roger Cliff (Autor)
• Em português
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A seguir, alguns destaques do desfile:
Tecnologia de Ponta
• Type 100: Novo tanque com torre não tripulada, estação remota de armas e, potencialmente, capacidades de combate coordenado controladas por IA.
• Armas a Laser LY-1: Capazes de desativar eletrônicos e cegar pilotos.
• Drones com IA: Incluindo o AJX002, um drone submarino gigante para reconhecimento.
• YJ-20: Míssil antinavio hipersônico, com configuração aerodinâmica bicônica.
• GJ-11: Drone furtivo que pode acompanhar caças tripulados em missões.
• HQ-29: Sistema de mísseis antibalísticos e armas antissatélite. Provavelmente um interceptador de médio curso para enfrentar ameaças fora da atmosfera.
Mísseis Intercontinentais
• DF-5C: Novo míssil nuclear baseado em silos, com alcance ampliado e até 12 ogivas.
• DF-61: Variante móvel com capacidade nuclear.
• JL-3: Míssil lançado por submarino, reforçando a tríade nuclear chinesa.
Mudança de Estratégia
• Priorização de Sistemas Autônomos: A China está substituindo estruturas militares tradicionais por sistemas autônomos e inteligentes.
• Lições da Guerra Russo-Ucraniana: Aprendizados da guerra na Ucrânia influenciam o uso intensivo de drones para desgaste de defesas.
Projeção de Poder Regional
• Capacidade Naval: Novos navios com capacidade de formar píeres móveis indicam preparação para possíveis ações anfíbias, como uma invasão a Taiwan.
• Expansão Aeronaval: Expansão da frota de porta-aviões e aviões de reabastecimento aéreo reforça o alcance estratégico.
Liderança Tecnológica
• Autonomia Tecnológica: A China não é mais apenas imitadora: lidera em robótica, IA, drones e energia.
• Um Exército em Rápida Transformação: O desfile confirma que o Exército de Libertação Popular (PLA, People’s Liberation Army) está em rápida transformação e pode alterar o equilíbrio militar regional.

Análise do GRU!
O recado foi dado. A China não está mais testando limites — está se capacitando para redesenhar o tabuleiro. Drones aéreos, terrestres e marítimos, mísseis hipersônicos, novos mísseis balísticos intercontinentais, píeres móveis, um centro de comando maior que o Pentágono.
O que não se pode ver, mas se pode avaliar, também chama atenção: o nível de integração desses sistemas com tecnologias quânticas e inteligência artificial é, sem dúvida, avançado.
O que antes era um arsenal majoritariamente importado da era soviética — ou mais recentemente da Rússia — agora parece estar sendo abandonado de vez. O desfile não só mostrou o que a China tem. Mostrou o que ela não precisa mais copiar.
Se o Ocidente ainda acredita que o PLA é apenas barulho e réplica, talvez esteja ouvindo a frequência errada. O que falta à China? Experiência de combate. Mas tecnologia, ela possui — e está jogando para vencer.
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