Já não é possível entender a situação da segurança pública brasileira sem compreender que o crime no Brasil não é apenas um fator social, mas também uma arma de guerra contra a estabilidade nacional.
Muitas pessoas não conseguem entender como o nosso país vem se deteriorando de forma tão acentuada nos últimos 50 anos. A decadência dos costumes, a difusão de notícias falsas, o surgimento de padrões culturais distantes das nossas tradições, a epidemia dos narcóticos e o crime organizado controlando largas áreas do território nacional não são fenômenos gerados pelo acaso e pelo desenvolvimento normal da nossa sociedade.
Todos eles estão intimamente ligados à evolução dos conflitos bélicos que deixaram de ser protagonizados exclusivamente pelas Forças Armadas dos Estados com seus fuzis e mísseis e passaram a contar com a participação de organizações não militares e entes não estatais que fazem uso de armas convencionais e não convencionais, tais como a internet e as redes sociais.
Não é mais possível entender a situação da segurança pública brasileira sem compreender que o crime no Brasil não é apenas um fator social, mas também uma arma de guerra contra a estabilidade nacional. Assim como não é possível compreender toda a decadência da nossa Nação sem levar em conta que tudo isso vem sendo provocado por grupos organizados nacionais e internacionais.
Estamos na Guerra do Século XXI e o excelente livro de Alexandre Antunes Ribeiro, O front interno: As desordens públicas como armas de guerra, disseca quais são e como funcionam as ameaças que vem sendo enfrentadas atualmente pelo Brasil. Ao folhear a obra, um dos capítulos que me chamaram a atenção – esclarecedor sobre os riscos aos quais que estamos expostos – é o Capítulo 13, intitulado “Guerra à Polícia” que entre outros temas, trata da origem do dinheiro que financia as ONGs que criam empecilhos para as ações policiais, incluindo desde fundações conhecidas como a Ford Foundation e a Open Society, até instituições mais “insuspeitas”, como a Embaixada dos Países Baixos.
O livro do Capitão PM Antunes, que entre suas muitas realizações participou da fundação do 1º BAEP (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar do Estado de São Paulo, é esclarecedor e fundamental não apenas para compreender os riscos a que estamos submetidos, mas deve servir como alerta vermelho e um estímulo despertador para que nossa sociedade inicie uma caminhada séria rumo ao desenvolvimento nacional e construção de nossa verdadeira soberania.
Serviço
- O front interno: as desordens públicas como armas de guerra
- Alexandre Antunes Ribeiro
- 288 páginas – 1ª edição (31 julho 2024)
- Editora SGDZ Books.
- O livro está disponível na Amazon.
Sobre o autor
Alexandre Antunes Ribeiro é capitão da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP), onde ingressou em 2004. Realizou os cursos de Tiro Defensivo na Preservação da Vida (Método Giraldi), Força Tática, Controle de Distúrbios Civis e Policiamento em Praças Desportivas e Eventos. Antunes é bacharel em Direito pela Universidade Salesiana (UNISAL), pós-graduado em Direito Penal e Processual Penal pela Faculdade Anhanguera e mestre em Ciências Policiais e de Segurança e Ordem Pública pelo Centro de Altos Estudos de Segurança (CAES) da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Comandou o Pelotão de Força Tática, o Pelotão de Ações Especiais de Polícia e a 3ª Companhia do 1º BAEP (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) e, desde 2023, comanda a 1ª Companhia do 1º BAEP, responsável pelo patrulhamento de Ações Especiais com viaturas de quatro rodas na Região Metropolitana de Campinas. Antunes possui a Láurea do Mérito Pessoal em seus cinco graus, todos obtidos em decorrência de suas atuações na área operacional.
Nosso país, comandado por quadrilhas de criminosos condenados, este é um dos resultados. Não dá para julgar a culpa em tipo: revolução colorida.
Obrigado pela sugestão da obra referenciada. Trata-se de assunto relevante, que merece toda a atenção.