O diálogo com a Rússia “não é um sinal de fraqueza” e, em vez disso, é crucial para melhorar os laços destruídos da aliança com Moscou, disse o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, na segunda-feira.
“Somos fortes, estamos unidos e então podemos falar com a Rússia e precisamos falar com a Rússia para nos empenharmos por um relacionamento melhor”, disse Stoltenberg a repórteres na Casa Branca, após se reunir a portas fechadas com o presidente dos EUA, Joe Biden.
“Mesmo que não acreditemos em um relacionamento melhor, precisamos administrar um relacionamento difícil com a Rússia. Controle de armas, transparência, redução de riscos – todas essas questões são importantes”, acrescentou.
Os comentários vêm enquanto Biden se prepara para seu primeiro encontro cara a cara com o presidente russo, Vladimir Putin.
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A cúpula bilateral de 16 de junho em Genebra, na Suíça, ocorrerá no final da primeira viagem internacional de Biden desde que assumiu o cargo em janeiro. Ele participará pela primeira vez de uma cúpula do G7 no Reino Unido de 11 a 13 de junho e de reuniões com a OTAN e os parceiros da UE em Bruxelas em 14 de junho.
A Casa Branca tem enquadrado a reunião como sendo centrada em garantir “estabilidade estratégica” entre os rivais globais, com grande parte das negociações previstas para se concentrar no controle de armas, redução de armas nucleares e negociações em curso para devolver o Irã e os EUA ao pleno cumprimento do acordo nuclear de 2015 com o Irã. Também se espera que sejam abordadas as situações da Ucrânia e da Bielorrússia.
Stoltenberg saudou “o fato de o presidente Biden se encontrar com todos os líderes da OTAN antes de se reunir” com Putin, acrescentando que ele discutiu “a importância do controle de armas e também de conversar com a Rússia” durante sua reunião no Salão Oval com Biden.
Fonte: Anadolu.