Sem F-35, Turquia planeja usar drones no porta-helicópteros Anadolu

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O TCG Anadolu no Estaleiro Sedef em Tuzla, Istambul, Turquia, em fevereiro de 2020 (Foto: DHA).

O TCG Anadolu no Estaleiro Sedef em Tuzla, Istambul, Turquia, em fevereiro de 2020 (Foto: DHA).

Haluk Bayraktar, presidente-executivo do fabricante turco de drones Baykar, apresentou um novo sistema de lançamento que poderia ser instalado no navio turco Anadolu. Descrevendo o equipamento, David Axe, da Forbes, diz: “Um cabo segue ao longo da rampa de proa até um ponto no convés onde o TB-2/3 está pronto para o lançamento. O guincho provavelmente arrastaria o drone pelo convés e pela rampa. Isso, combinado com o impulso do motor de 100 cavalos de potência do TB-2/3 de 21 pés de comprimento, poderia fazer o drone movido a hélice voar com a maior parte ou toda a sua carga útil de 300 libras.”

A Marinha turca está enfrentando um problema em relação ao que colocar no navio. A Turquia pretendia operar o F-35B de seu novo navio de assalto, o que não deve mais acontecer.

O TCG Anadolu é baseado no navio espanhol Juan Carlos I, um navio de assalto anfíbio multiuso. A Navantia forneceu projeto, transferência de tecnologia, equipamentos e assistência técnica ao Estaleiro Sedef da Turquia para o desenvolvimento do Anadolu.

Desde o início do programa de navios de assalto anfíbio, a marinha turca queria um navio projetado exclusivamente para operar helicópteros. No entanto, a mídia local noticiou que logo após explorar as opções para o projeto, a marinha turca mudou seus planos e optou por uma cabine de comando totalmente equipada com uma rampa de salto de esqui na frente, com a intenção de comprar a aeronave F-35B STOVL.

O jornal turco Hurriyet Daily News relatou no início de 2019 que o país estava planejando comprar uma série de jatos F-35B, além de seus mais 100 F-35A. O jornal afirmou que isso foi “planejado para ser adquirido em em linha com o crescente interesse de Ancara em fortalecer suas forças navais, principalmente para operações no exterior”. O navio de onde os F-35 voariam é o TCG Anadolu.


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O comissionamento do navio está previsto para 2021 e deve ter um custo de cerca de US$ 1 bilhão. A Janes também confirmou o interesse da Turquia no F-35B, citando fontes da indústria de defesa turca e ocidental. De acordo com a Janes: “Um alto funcionário da subsecretaria das Indústrias de Defesa da Turquia expressou o interesse de seu país em comprar variantes do F-35 STOVL para o vice-almirante Mathias Winter, chefe do escritório do programa F-35 do Departamento de Defesa dos EUA, durante uma reunião realizada em Ancara em meados de outubro.”

Em 2019, quando a Turquia desafiou as advertências dos EUA de prosseguir com a compra do sistema russo de defesa aérea S-400, foi advertida de que isso poderia ser uma ameaça às informações relacionadas aos sistemas da OTAN. A Turquia ignorou os avisos e foi expulsa do programa F-35.

A Turquia era um parceiro de nível 3 no programa Joint Strike Fighter e o navio turco TCG Anadolu foi projetado para ser capaz de operar até 12 F-35B e 12 helicópteros. Agora, isso não vai acontecer, mas o país pode conseguir colocar algum tipo de aeronave de asa fixa a bordo.

Qual é a capacidade dos drones?

O Bayraktar TB2/3 é um veículo aéreo turco de combate não tripulado de média altitude e longa duração, capaz de operações de voo autônomo ou controladas remotamente. É fabricado pela empresa Baykar da Turquia.

De acordo com Tayfun Ozberk, do Defense News, um “porta-drones” seria um novo conceito operacional. Uma vez que os drones ainda não têm capacidade de combate ar-ar, seu objetivo principal parece ser inteligência, vigilância e reconhecimento, bem como operações de ataque em pequena escala, como o engajamento de alvos costeiros e recursos navais com baixa capacidade de defesa aérea.

Os drones também poderiam ser empregados ​​como plataformas de transporte de sonobóias para operações de guerra antissubmarino.

Fonte: UK Defence Journal.

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2 comentários

  1. Parabéns Albert pelo conteúdo do site.
    Acompanho o Arte da Guerra e agora passo a acompanhar O velho general.
    Para nós que gostamos do tema Geopolítica e forças armadas são dois canais imprescindíveis.
    Forte abraço!

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