Por Claudio Moreira Bento* |
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No dia 8 de maio de 1945, após seis longos e terríveis anos, terminava a Segunda Guerra Mundial na Europa, marcando o dia em que os aliados finalmente derrotaram o nazismo. Desde então é celebrado o Dia da Vitória.
Dia da Vitória – 8 de maio de 1945, 75 anos transcorreram. Foi o epílogo da Segunda Guerra Mundial. E para muitos brasileiros, os bravos expedicionários da FEB, confirmou-se o refrão de sua bela canção.
“Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que em morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse V que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final!”
E teve fim mais uma cruenta guerra. Guerra que não provocamos, pois pacifistas não alimentamos sonhos conquistas.
Guerra que impôs ao Brasil pesados sacrifícios por muitos anos sentidos.
Guerra em que foram imolados 1.900 irmãos brasileiros do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, da Marinha Mercante e civis inocentes. Os últimos, sem distinção de idade e sexo, nos traiçoeiros torpedeamentos de nossos indefesos navios mercantes por submarinos nazistas nas costas brasileiras. Em plena paz.
Todas estas vítimas brasileiras, hoje mártires da Liberdade e da Pátria, às quais evocamos e reverenciamos as sagradas memórias no transcurso dos 75 anos do Dia da Vitória.
Vitória da Liberdade contra a Opressão. Evocação e reverência pelos heroicos e épicos exemplos de brasilidade que nos legaram, seja pelo sangue generoso que verteram nos longínquos e gelados campos de batalha na Itália, nos céus europeus, em mar alto ou no litoral do Brasil. Tudo longe da pátria amada, do calor e do carinho dos entes queridos, em defesa da Soberania do Brasil, da honra do auriverde pendão ameaçado e da Democracia e Liberdade Mundiais.
Que os vossos sacrifícios, como mártires da Democracia e Liberdade Mundial não tenham sido em vão! E para os que tombaram nos campos de batalha, o consolo da afirmação de Péricles, grande político e líder militar grego cujo século em que viveu recebeu a denominação de século de Péricles, que então disse:
“Aquele que morre por sua Pátria faz mais por ela naquele momento do que os vivos em todas as suas vidas.”
E a todos vós bravos do Exército que tivestes a felicidade de sobreviver a duros combates e vigílias em terras europeias, que a Pátria Brasileira seja eternamente reconhecida pelos assinalados serviços de Guerra que padeceram, para a maior grandeza do Brasil.
E que vossas saudades da Pátria distante, dos amigos e entes queridos, vossos suores e vosso sangue, as vidas dos bravos que não voltaram e repousam em monumento condigno, continuem a inspirar e alicerçar o presente e o futuro do Brasil no rumo de seu destino de grandeza sob Deus.
Que assim seja!
*Claudio Moreira Bento, coronel da reserva do Exército Brasileiro, é historiador, jornalista, presidente e fundador da Federação de Academias de História Militar Terrestre do Brasil.