Militares dos EUA estão divididos?

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Centenas de militares da Guarda Nacional ocupando o Capitólio para reforçar a segurança (Foto: J. Scott Applewhite / AP).

Muitas coisas incomuns vêm acontecendo ultimamente nos EUA: todo o imbróglio envolvendo as eleições, a grande manifestação em Washington e a controversa invasão do Capitólio – sim, controversa, pois embora a “velha mídia” insista em responsabilizar o presidente Donald Trump, há cada vez mais indícios de infiltrações da Antifa e do BLM –, a censura de Trump nas redes sociais e a presença de tropas para garantir a posse de Joe Biden, que pode chegar a 25.000 militares. Interessante notar que uma divisão típica do exército americano é composta por 10 a 15 mil militares, assim teremos em Washington o equivalente a duas divisões para proteger uma posse presidencial. Isto é absolutamente excepcional.

Para coroar todo este clima, tivemos duas manifestações também bastante incomuns das alta esferas de comando das forças armadas americanas. Primeiro, o Joint Chief of Staff (Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA) emitiu uma declaração neste sentido, assinada por nada menos que oito altos comandantes militares:

  • General Mark Milley, US Army, Chefe do Estado-maior;
  • General John Hyten, USAF, Vice-chefe do Estado-Maior;
  • General James C. McConville, US Army, Chefe do Estado-Maior do Exército;
  • General David H. Berger, US Marine Corps, Comandante do Marine Corps;
  • Almirante Michael M. Gilday, Chefe de Operações Navais (Comandante da Marinha);
  • General Charles Q. Brown Jr., USAF, Chefe do Estado-Maior da Força Aérea;
  • General John W. Raymond, Space Force, Chefe de Operações Espaciais;
  • General Daniel R. Hokanson, US Army, Chefe do Escritório da Guarda Nacional.

Poucos dias depois, o Exército Americano, (US Army), isoladamente, também emitiu declaração pública semelhante, assinada pelo alto-comando:

  • Michael A. Grinston, Sergeant Major of the Army*;
  • General James C. McConville, Chefe de Estado-Maior do Exército;
  • Ryan D. McCarthy, Secretário do Exército.

*Sergeant Major of the Army é um cargo assumido pelo membro alistado mais antigo do Exército americano, e serve como um porta-voz para as questões de todos os soldados, dos postos mais baixos aos cargos mais altos. É o principal conselheiro alistado do Chefe do Estado-Maior do Exército dos EUA.

É bastante incomum que altos chefes militares assinem declarações públicas enfatizando o dever constitucional das Forças Armadas americanas, salientando a isenção dos militares no processo eleitoral e exortando as tropas a estarem alertas e a manter a unidade. Tais declarações, portanto, trazem um caráter preocupante ao contexto atual vivido nos Estados Unidos, podendo indicar um sério temor de fragmentações entre os militares.

A seguir, disponibilizamos para download as cartas emitidas.

The Joint Chiefs of Staff

Memorandum for the Joint Force


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8 comentários

  1. É uma dicotomia. Aqui no Brasil, sempre pedimos ajuda aos Militares, que ostensivamente não aparecem. Salvo, em Países onde o mandatário do Executivo é oriundo das forças armadas, estas não tem reagido a distorções no comando dos negócios da Nação. Lulla (estuprador de cabrito) roubou o País inteiro e beneficiou ditaduras, onde o chefe do Executivo era contumaz estuprador (Coronel Muamar Gadafi) a Coronel Chavez. Poderia aqui colocar Tenente Cel. KGB PUTIN, mas percebo que o Presidente da Rússia, até agora, só agiu para defender seu POVO. Invadiu aqui e acolá, pois, Países sob influência Histórica da Rússia, estavam sendo ocupados pelos inimigos da Rússia. E domou os Empresários milionários, que fazem riqueza com bens do POVO Russo e não devolvem nada. Um por costumes próximos e o outro por ser de esquerda declaradamente, foram beneficiados com dinheiro público brasileiro no Governo Lulla/Dilma e os Militares brasileiros NADA FIZERAM. A Nação esta tomada por bandidos que se espalham nos principais cargos das Instituições brasileiras. Executivo, Legislativo e Judiciário, desde 1985, tem sido ocupado por pessoas vendidas ao crime contra o ESTADO, mas como dominam as Instituições, nada acontece com eles. Os EUA sofreram maior atentado contra sua Democracia e os Militares estão quietos, nada fazem. Um estrangeiro foi eleito para o cargo máximo Americano . E os Militares? Nada fizeram. Será que se, algum Presidente que lute contra essa quadrilha -instalada nas Nações do Ocidente – resolver meter o pé na porta e derrubar tudo, as Forças Armadas vão reagir? Estão as forças Armadas, silenciosamente, no comando de Mega Instituições de comunicação ou industrial que tenta dominar o Mundo? Eu acredito que em um futuro não muito longe, essa dúvida, será dirimida.

    1. De fato nunca vi os generais americanos fazerem declaração deste tom.
      Li que a Associaçao dos Veteranos, doou muito para o Trump, militares e policiais.
      Será que houve ruído de militares e policiais, não estarem satisfeito com o novo governo que aassume?

  2. Napoleão disse. autoridade do rei depende da opinião dos súditos, se não o fosse, teria a França guilhotinado seus soberanos, tudo é uma questão de opinião.

  3. Em 1933, o General USMC Smedley Butler foi sondado pelos imperadores da indústria americana para liderar um golpe de Estado contra o recém-empossado 32° Potus, Franklin D. Roosvelt. Butler não era qualquer militar. A parte ser oriundo da mais aguerrida, destemida e altamente profissional tropa americana, os Marines, detinha duas Medalhas de Honra. E ele não só recusou, como denunciou o que ficou conhecido com “Business Plot”. Hoje, depois da mais escancarada roubalheira perpetrada contra um Potus, os militares ficam divididos psiquicamente, mas politicamente precisam se manter unidos porque eles são a garantia de uma nação inteira, uma instituição modelar como são os EUA. Aleksandr Gelyevich Dugin, o polemista russo, disse que os EUA não ficariam unidos para sempre e eu tive frouxos de riso quando li isso. Pois bem, esse lixo do Biden pode ser o presidente que iniciará a fragmentação política dos EUA… E acredite, a hecatombe que isso gerará será maior que a queda dos impérios europeus depois da I Guerra e o fim da URSS…

    1. Pois é Mariano, no entanto, creio que essa queda, sem dúvida em curso, ainda levará algum tempo. Enfim, acompanhemos. Quem viver verá! Obrigado por comentar, forte abraço!

      1. Eu espero que não ocorra! Seria um desastre. Ainda acredito que a instituição “Estados Unidos da America” seja maior do que qualquer Potus locatário da Casa Branca!

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