Retrospectiva 2020

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2020 foi um ano difícil. Além das guerras e complexas questões geopolíticas que, desde sempre, moldam a história da humanidade, a pandemia da COVID-19 acabou se tornando uma agravante em diversos aspectos, desde sanitários até políticos. Para o Velho General, foi um ano de muito trabalho e crescimento.


Expandimos nossa atuação para a área de Segurança e, felizmente, pudemos contar com material de profissionais diferenciados que se juntaram aos brilhantes trabalhos com os quais já tínhamos a honra de contar. Neste fim de ano, selecionamos os artigos que mais se destacaram e os reunimos nesta retrospectiva. Alguns refletem análises de acontecimentos daquele momento, outros trazem passagens históricas, outros ainda a opinião de um articulista; mas todos se destacaram em algum momento. Esperamos que a seleção seja do agrado dos leitores.

Desejamos um 2021 de com mais paz, saúde e prosperidade. E que seja um ano em que as lideranças do mundo mostrem mais sabedoria e coragem – ou menos obscurantismo e covardia.


Janeiro:
Um perfil de Qassem Suleimani, a “Eminência Parda” do Irã
(Albert Caballé Marimón)

“A Nação Iraniana passou por muitos eventos difíceis. Você pode começar uma guerra, mas somos nós que acabaremos com ela. Então pare de nos ameaçar. Estamos prontos para enfrentar você.”


Janeiro:
A vida de um piloto de Skyhawk
(Robinson Farinazzo)

“Aviador naval condecorado, prisioneiro de guerra, candidato a vice-presidente: o contra almirante James B. Stockwell sobreviveu a uma profissão famosa por não perdoar erros.”


Fevereiro:
Os três problemas do Vulcan XM597
(Albert Caballé Marimón)

“Em junho de 1982, na Guerra das Malvinas, um Vulcan britânico, retornando de uma missão, teve problemas com sua sonda de abastecimento e rumou para o Rio de Janeiro. Solicitou emergência de combustível, foi rastreado pelo CINDACTA, interceptado por caças F-5 da FAB e aterrissou com os tanques ‘secos’.”


Fevereiro:
Morte nos túneis de Berlim
(José Antonio Mariano)

“A inundação dos túneis do sistema ferroviário de Berlim em abril/maio de 1945, permanece envolta numa nuvem de obscuridade; quem mandou alagar os túneis onde se encontravam centenas de civis e soldados alemães feridos?”


Março:
A missão aérea da operação que matou Osama bin Laden
(Albert Caballé Marimón)

“Douglas Englen, aviador do 160º SOAR, foi um dos planejadores, piloto e líder da missão aérea da Operação Lança de Netuno, que matou Osama Bin Laden no Paquistão em 2011. Recém-aposentado, Englen contou essa história ao Military Times. Aqui, apresentamos o relato da missão aérea da operação”


Março:
Vulcan: uma história diferente
(Carlos Aureliano Motta de Souza)

“A história do Vulcan da RAF que aterrissou no Galeão em 1982, durante a Guerra das Malvinas, foi contada aqui no Velho General. Na véspera da partida do bombardeiro, a tripulação conheceu a noite carioca, e esta é uma passagem menos conhecida. Aqui, o relato é narrado Cel Av Carlos Aureliano Motta de Souza, o oficial da FAB que ciceroneou a tripulação britânica naquela noite.”


Abril:
Operação Roraima
(Carlos Aureliano Motta de Souza)

“Numa história quase desconhecida, em 1969 Venezuela e Guiana quase foram à guerra devido à questão do Essequibo, ainda hoje reivindicado pelo país caribenho. Houve invasão do território brasileiro e a FAB e o EB se envolveram em uma operação dissuasória. A história é contada pelo Cel Av Motta de Souza, que comandou uma esquadrilha de B-26 da FAB no episódio.”


Abril:
Guerras da Rússia na Chechênia 1992-2000
(Albert Caballé Marimón)

“O que a experiência russa na Chechênia indicou sobre suas capacidades, operações e guerra urbana em geral? Evitar combate urbano, embora preferível, é muitas vezes impossível. Planejadores devem considerar que a força residente tem vantagens em relação ao agressor estrangeiro, mesmo tecnicamente superior.”


Maio:
Cinco lições de pandemias passadas
(Paulo Roberto da Silva Gomes Filho)

“Pandemias tem assolado a humanidade no decorrer dos séculos; a atual crise provocada pela COVID-19 é apenas mais uma da longa sequência de pestes que, periodicamente, nos atingem. O estudo desses episódios traz lições que continuam válidas atualmente e algumas tendências já podem ser observadas. Como sempre, a História é mestra.”


Maio:
Cartas do Paraguai: a guerra na visão de Benjamin Constant
(Bianca Carl)

“A Guerra do Paraguai devastou economias, territórios e vidas. Benjamin Constant relatou tudo que vivenciou por meio de cartas à família e aos amigos, e, no auge da guerra, escreveu o quanto era corroído pelas saudades da esposa e, em suas palavras, pelo desejo de que a “maldita guerra” terminasse o mais breve possível.”


Junho:
A Revolução Federalista de 1893 e a prática da degola
(Cristiano Oliveira Leal)

“Foco de instabilidade política no início da república, o Rio Grande do Sul protagonizou a Revolução Federalista de 1893, que marcou a história política, a sociedade e a cultura gaúchas. Foi marcada também pela prática das degolas, a macabra ‘gravata colorada’.”


Junho:
Onde está o coração do Soldado?
(Robinson Farinazzo)

“Batalhas só são ganhas quando nelas está presente o coração de um Exército. Então é natural que nos momentos de crise e incerteza as pessoas se voltem para os muros dos quartéis e perguntem onde está o hoje coração do nosso Soldado.”


Julho:
Sun Tzu e a Guerra do Paraguai
(Vinio Cintra e Oliveira)

“A Guerra do Paraguai, travada entre o Paraguai de Solano López e a Tríplice Aliança, formada por Brasil, Argentina e Uruguai, dizimou o país. A guerra terminou 150 anos atrás; mas o que diria Sun Tzu a seus líderes, se assistisse ao conflito?”


Julho:
A mudança da natureza da guerra
(Paulo Roberto da Silva Gomes Filho)

“Documento publicado pelo exército americano traça considerações considerando as alterações tecnológicas e sociais que deverão alterar de maneira contundente o equilíbrio entre as grandes potências e a natureza da guerra num futuro próximo.”


Agosto:
Atuação das forças de segurança pública no contexto das guerras de quarta geração
(Alexandre Antunes Ribeiro)

“No contexto de atuação das forças de segurança, uma vitória tática, se não for obtida dentro de certos parâmetros, pode ser uma derrota danosa para toda uma instituição. A informação é mais importante do que nunca, e os policiais que não entenderem as mudanças em curso contribuirão com as narrativas minoritárias que visam a desestabilização social e o fim da instituição policial.”


Agosto:
Poder aéreo na Guerra do Vietnã: visão geral
(Claudio Passos Calaza)

“A Guerra do Vietnã, conflito extremamente traumático para os EUA, foi um evento de grandes proporções em diversos sentidos. Especificamente na guerra aérea, foi marcado por operações de grande porte e perdas impressionantes. Foi também um período em que muitas novas tecnologias foram implementadas e novas doutrinas foram desenvolvidas e testadas.”


Setembro:
O Pucará A-515: das Malvinas à Inglaterra
(Cristiano Oliveira Leal)

“Ao final da Guerra das Malvinas, o Pucará A-515 da Fuerza Aérea Argentina, capturado pelos britânicos, foi levado à Inglaterra. Lá, foi restaurado e submetido a testes extensivos, incluindo combates dissimilares contra caças Sea Harrier e Phantom. Hoje, tem seu repouso final no RAF Museum em Cosford.”


Setembro:
Malvinas: “Tínhamos 20% de chances de sobreviver”
(Albert Caballé Marimón)

“Há 38 anos, durante a Guerra das Malvinas, um piloto argentino de A-4B Skyhawk perdeu o radome da aeronave realizando um ataque ao solo e bombardeou a fragata HMS Argonaut voando tão baixo que a acertou de raspão, ganhando dos britânicos o apelido de ‘El Kamikaze’.”


Setembro:
Sistema de Gerenciamento de Incidentes e Crises
(Valmor Saraiva Racorti, Paulo Augusto Aguilar, Márcio Santiago Higashi Couto e Wanderley Mascarenhas de Souza)

“Os procedimentos policiais na área de segurança evoluem ao longo do tempo, em resposta às transformações nas situações de risco. Este artigo discorre sobre a evolução do conceito de ‘resolução’ para ‘gestão’, concepção mais abrangente de gerenciamento que envolve forças policiais e diversos setores, padronizando comando, procedimentos e terminologias garantindo interoperabilidade.”


Outubro:
A origem da ROTA – Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar
(Márcio Santiago Higashi Couto)

“Em 15 de outubro de 2020 a ROTA (Rondas Ostensivas “Tobias de Aguiar”) comemora 50 anos de seu surgimento. Para entender como se deu este processo é preciso recuar no tempo, até a fundação da Polícia Militar do Estado de São Paulo.”


Outubro:
Guerra Aérea no Vietnã (parte 1)
(Claudio Passos Calaza)

“A Guerra do Vietnã foi laboratório de novas tecnologias e, embora conhecida pelo uso de helicópteros, foi palco de duelos aéreos que marcaram uma importante etapa na história da aviação de combate. Nesta 1ª parte de uma série de três artigos sobre a guerra aérea no Vietnã, o Cel Claudio Calaza, da AFA, mostra as doutrinas e tecnologias aéreas e principais aeronaves usadas pelos EUA.”


Outubro:
Incidentes Críticos: suas fases, espécies e características
(Valmor Saraiva Racorti e Wellington Reis)

“Incidentes críticos na área de Segurança possuem características cujo conhecimento é fundamental para uma resposta rápida e adequada. O conhecimento e estudo das formas de ação e das fases de um incidente crítico preparam os agentes para as ações, aumentando assim as possibilidades de sucesso.”


Novembro:
Planejamento Estratégico e o combate ao “Novo Cangaço”
(Carlos Alberto Borges Pereira)

“Através de análise acurada, o autor apresenta a atividade criminosa que vem sendo chamada de “Novo Cangaço” e mostra como o planejamento estratégico pode ser efetivo na criação de um Plano de Defesa para o combate a essa modalidade de crime.”


Novembro:
Testemunhas da História
(Marcelo Pimentel)

“A ruína dos grandes impérios normalmente ocorre muito mais por fatores internos que externos. Independentemente de interferências de fora, são agentes internos que permitem a infiltração, minando suas bases e causando sua derrocada. É possível que, infelizmente, estejamos presenciando um momento único na História.”


Novembro:
Fim da guerra (por enquanto) em Nagorno Karabakh
(Paulo Roberto da Silva Gomes Filho)

“Uma conjunção de fatores levou o Azerbaijão a atuar militarmente no Nagorno Karabakh, numa demonstração prática da máxima de Clausewitz. O conflito pode indicar a nova realidade de um mundo multipolarizado, no qual a falta de freios impostos por potências hegemônicas ou organismos multilaterais abre espaço para que novas potências atuem na defesa de seus interesses.”


Dezembro:
Internacionalização da Amazônia
(João Víctor Gonçalves Cavalcante da Silva)

“O discurso internacional sobre a Amazônia vem ganhando corpo. Cabe ao Brasil estar atento e tomar medidas para rebater narrativas falaciosas e estar pronto a preservar nossa soberania sobre a região, sem deixar de lado as necessárias medidas de efetivo combate aos incêndios e aos crimes ambientais.”


Dezembro:
Gengis Khan e a “Batalha Ar-Terra” do século XIII
(Dana Pittard)

“Há um grande debate sobre qual indivíduo ou organização militar primeiro desenvolveu e empregou a guerra de manobras. Este artigo aponta mais um candidato e afirma que Gengis Khan e seu exército mongol do século XIII foram os primeiros praticantes bem-sucedidos do que hoje é conhecido como ‘Batalha Ar-Terra’.”


Dezembro:
Gripen E/F, o mais recente e avançado membro da linhagem
(Ricardo Nunes Barbosa)

“Desde a origem, nos anos 1990, o Gripen tinha limitações de carga e raio de ação. Pensando em mitigar essas deficiências e manter a aeronave eficaz pelas próximas décadas, a Saab desenvolveu uma nova versão, mais robusta e com aviônica de ponta: o Gripen E/F.”

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2 comentários

  1. Retrospectiva de um ano de muito trabalho e avanços no VG. É com orgulho e satisfação de assinante e leitor (quase) assíduo que parabenizo Albert e os autores convidados. Seguiremos firmes em 2021. Forte abraço!

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