A maneira mais inteligente de lidar com sites e canais de vídeo que você não gosta

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Farinazzo-04.png Por Robinson Farinazzo*

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Imagem: Daria Nepriakhina/Unsplash.

Uma coisa é certa: se você quiser favorecer o crescimento de uma mídia que admira, é mais inteligente divulgar as matérias que você gosta do que atacar as que te desagradam.


Independentemente de sua visão de mundo, opção política ou razões morais, sempre haverá publicações que vão te revoltar. Indignado, você entra no site (ou canal do YouTube, página do Facebook etc.), escreve seus protestos, compartilha com amigos e familiares, enfim, faz o maior escarcéu.

Bom, eu tenho uma má e uma péssima notícia para essa sua atitude: a má é que seu protesto ou seu dislike não vão prejudicar o veículo. A péssima é que você está lhe dando audiência, a qual se traduz em dinheiro e desta forma ajudando pessoas com as quais não concorda e cujos padrões morais e éticos não estão nem um pouco afinados com os seus.

Então, se isso não é o certo ser feito, como proceder?

Deixe-me explicar primeiro como essas coisas funcionam.

Uma coisa que os veículos de mídia usam muito é título bombástico. E por que fazem isso? Por uma razão bem simples: atrai público. Movidas por curiosidade, indignação ou motivação ideológica, as pessoas clicam, dão dislikes e compartilham para que outros de igual motivação também o façam. Isso é um vício prejudicial que precisamos combater através da disseminação deste post.

Protestar é uma atitude compreensível em tempos de polarização política, mas na prática, em termos de patrocínio publicitário o resultado auferido é exatamente o inverso da intenção almejada, pois qualquer interação sua com veículos que você goste ou desgoste estará ajudando o mesmo em termos de monetização.

Em resumo, VOCÊ está dando ao seu inimigo (na forma de audiência e, por consequência, monetização) as armas e a munição com as quais ele irá te combater. Na verdade, eles ganham bom dinheiro com essas provocações.

Então como lidar com isso? Elencamos três procedimentos, todos de bastante eficácia:

  1. Não abra o site ou (ou canal de vídeo) ou não siga perfil em redes sociais e nem dê dislike ou comente;
  2. Jamais compartilhe o link;
  3. No contraponto, apenas abra, dê like, comente e compartilhe os veículos que tenham comprometimento com seus ideias e estejam afinados com sua consciência.

Uma coisa é certa, se você quiser favorecer o crescimento de uma mídia que admira, é mais inteligente divulgar as matérias que você gosta do que atacar as que te desagradam.

Agindo dessa forma, você fortalece sua corrente de ideias. E são ideias, e não o ódio, que mudam o mundo para melhor.


*Robinson Farinazzo é capitão de fragata (FN) da reserva da Marinha do Brasil, expert em tecnologia aeronáutica e consultor de Defesa. Com mais de trinta e cinco anos de carreira militar, extensa experiência de campo e formação superior em Administração de Empresas, é editor do Canal Arte da Guerra no YouTube e articulista do Blog Velho General. E-mail: robinsonfarinazzo@gmail.com.


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12 comentários

    1. Entendi o argumento de Farinazzo, mas chamo a atenção para a seguinte hipótese: ao abreviar os cantatos com as midias e redes, desde que a TV perdeu seu caráter monolítico como divulgadora de notícias, e sabendo que sao tres ou quatro emissoras abertas e o mesmo em jornais de circulação nacional, pergunto: se ignorarmos demais acessos e feeds, ou mesmo vídeos e outras formas de notícias, não ficaremos caolhos quanto aos assuntos politicos importantes ou mesmo com o exemplo da pandemia. Em quais numeros confiar, quais noticias nao foram maquiadas a ponto de nao serem mais criveis? Eu nao consigo responder, e nao me considero supostamente um ignorante. Mas veja que enquadro-me no que entendo como entusiasta de assuntos militares e daí folgo em reconhecer a surpresa ao encontrar este blog. Meu entusiasmo é autodidata pois não tenho nenhuma experiência como militar. Sou licenciado como professor de história e daí também meu interesse em aprofundar estudos de fatos como aqui publicados, mas para alguns leitores que chegarem até aqui começarão a entender. Tenho identidade política e afinidade com o pensamento de esquerda e até dous uns pitacos nas redes, campo de esgrima quase sem danos, e ja percebí algumas afirmações de Farinazzo que nos colocam em campos políticos distintos, como no video sobre a ativista politica e ambientalista Greta Tumberg, que na minha perspectiva foi gratuíto e nao agregou. Mas nao é este o ponto: imagino que alguns já desistiriam de ler este argumento pela minha confissão e o assunto deve acabar com cada um cuidando da sua horta. Não vejo assim. Vejo um conteúdo especializado de grande qualidade neste blog ou nos vídeos e não permito-me agitar demais as coisas com comentarios políticos que em boa parte nao contribuirão com o processo informativo que se dá tantos nos conteúdos esmerados quanto nos comentários que adicionam com outras informações e fontes. Haverão embates sobre temas mais caros politicamente que abolirei minha primeira emenda de não-intervenção, mas somente se tiver algo a contribuir com o pensamento geral e suas polarizaçoes. Nunca tive maioria em debate, mesmo para aqueles que poderiam achar que surfei no oba-oba das gestões do PT, pois na unanimidade não há adubo para críticas. E nao seria agora, vendo tamanhas distorçoes de visão em exemplos de autoridades politicas e e redes informacionais que ficaria inerte, e nem tampouco acreditaria num mundo de respeito mútuo nas liberdades de expressão, mas sua posição de antideslike parece rasa, embora assertiva quanto à questao do estamos remunerando nas midias, pois pede um esforço para ignorar o outro, o contrário, de correr do desafio. Se pude me fazer compreender, deixo um fraterno abraço e de novo destaco a qualidade do blog.

      1. Jairo, o artigo não diz que não se devem ouvir e/ou debater contrapontos, “o outro lado”. A questão que se coloca é que, ao “descurtir” ou compartilhar criticando, as pessoas estão inadvertidamente dando força a idéias com as quais não concordam. Devido à mecânica das redes sociais, ao proceder assim, estão fazendo justamente o contrário do que acreditam estar fazendo. Esse é o ponto principal do artigo.

  1. Sem dúvidas que a arma mais poderosa contra os caça-likes é ignorá-los. Existe até uma maneira de você bloquear esses canais de aparecerem no youtube. Só clicar nos 3 pontinhos e clicar em “não recomendar”. Pronto! Problema resolvido.

  2. Comandante, minha admiração e respeito sempre em alta em relação a sua pessoa.
    De acordo com a vossa argumentação.
    Essa gente, que nos ataca, agride e trapaceia em todos os momentos, tem que ser sufocada. E, me parece, que o bolso é a parte mais sensível do corpo humano. Tirando o “oxigênio”….

  3. Excelente orientação, ignorar tais elementos é fácil.

    Simulam possuir oceanos de conhecimentos e, em sua enorme maioria, possuem a profundidade de um pires, baseados em consulta Goog..gle ou achismos.

  4. Como diz mises ideias e somente ideias é que podem iluminar a escuridão.

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