A única mulher no deserto: estudo de caso de diversidade

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Daniella-1.png Por Daniella Mestyanek Young*

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Menina afegã carrega seu irmão mais novo a caminho da escola em 31 de março de 2010, na vila Morgan Kacha, no sul do Afeganistão (Foto: USAF/Senior Airman Kenny Holston via Flickr).

A sensibilidade feminina mostrou ao Exército dos EUA que diversidade não é sobre todos serem iguais, mas sobre aprender a tirar proveito das diferenças, trabalhar em equipe e preencher lacunas. Daniella Mestyanek, capitão da reserva do exército dos EUA, uma das primeiras mulheres a realizar missões de combate em um de seus dois períodos de serviço no Afeganistão, analisa sua experiência.


O barulho de dois gigantescos helicópteros militares decolando é ensurdecedor. O silêncio, depois que você e 25 de seus colegas mais próximos saltam e eles decolam, deixando-a sozinha perto de uma vila afegã, é preocupante. Quando a poeira levantada pelos rotores finalmente baixa, eu olho em volta, apertando os olhos contra o forte brilho do sol do deserto.

Consigo distinguir a vila algumas centenas de metros à nossa frente e posso ver o caminho estreito que teremos que percorrer para ir do deserto aberto ao centro do vilarejo. Assumimos nossas posições de patrulha e começamos a marchar, sabendo que não deveria haver muito perigo aqui hoje, mas nunca dando nada como certo. Todos nós podemos pensar em amigos perdidos em missões como esta, nas quais ninguém deveria morrer.

Avançamos resolutamente. Em campo aberto no Afeganistão, levamos quase quatro vezes mais tempo para cobrir a mesma distância do que nos EUA, porque nunca se sabe que parte da estrada pode conter bombas ou quais rochas podem ser esconderijos perfeitos para franco-atiradores. Assim é a luta contra os terroristas. Isso é guerra assimétrica. Eu gostaria de saber se, quando voltar para casa, alguma vez vou olhar para uma pilha de lixo na rua e não sentir o coração apertar de medo, imaginando se esse será meu último dia neste mundo.

À frente, nosso tenente levanta o braço com o punho fechado, sinal para todos pararmos em nossas posições e não fazer nenhum movimento. Estamos no solo a menos de vinte segundos, a poeira ainda nem penetrou em nossos pulmões, mas ele já sabe que há algo errado. Pelo rádio, ouço o aviso: “O caminho para a vila está aberto, vamos afunilar na estrada. Todos em alerta”. Sinto um tenso aperto no coração, mas sei também que os caras com os equipamentos certos, aqueles que ajudam a “farejar” bombas escondidas de várias formas, estão na dianteira e em alerta.

Mas há mais alguma coisa me incomodando e tento descobrir o que é. Como única mulher-soldado do grupo, eu fui mais do que encorajada a falar com franqueza, mas sinto que preciso mais do que apenas minha “intuição feminina” neste caso. E foi exatamente isso que me deu um “estalo”, a percepção de algo que talvez apenas eu poderia perceber. Onde estão todas as crianças? Eu me pergunto, com a sensação de que isso não é normal. Geralmente elas estão pululando para fora da aldeia, correndo em direção aos helicópteros o mais rápido que podem. Houve situações em que os pilotos tiveram que fazer outra volta, pois a zona de pouso estava repleta de crianças vestidas com trapos, acenando com entusiasmo para os “pássaros” no alto.

Sei também porque percebi: presunção, feminilidade, ou como queiram chamar. Como começamos a fazer cada vez mais missões com algumas de nós, as primeiras mulheres em patrulhas de combate real, tive oportunidade de sair da base onde normalmente fico em uma mesa supervisionando operações de inteligência. Quando estou lá fora, adoro ver as crianças e elas gostam de me ver. Fico lisonjeada e honrada quando vejo os olhos das menininhas afegãs se iluminando quando uma garota-soldado chega marchando. Imagino que elas nunca sonharam com isso. Eu me pergunto se isso pode inspirar uma delas a fazer coisas maiores e melhores algum dia.

Mas hoje não vejo nenhum dos pequenos. Onde estão as meninas de seis anos carregando seus irmãos menores no colo? Onde estão os meninos com estilingues feitos de gravetos e as cabras que correm com eles? Onde estão as crianças com cabelo vermelho-púrpura brilhante que você juraria que é tingido, mas que na verdade é um fenômeno quase exclusivo do deserto do Afeganistão, um pouco do DNA que restou de Gengis Khan? Minha mente está lutando para ligar os pontos. Eu sei a resposta, por que não consigo pensar nela?

E então de repente, como um flash ou uma bomba, eu percebo. “Parem!”, eu grito com uma bravura que não sabia que tinha. Eu não sou a líder e, embora todos possam alertar a patrulha se detectarem algum perigo, eu não saberia lidar com isso se estivesse errada. “Não há crianças”, grito ainda mais alto, quando todos se voltam para olhar em minha direção. Olho para a sobrancelha levantada do tenente. Temos o mesmo posto, mas ele é o comandante da missão, enquanto eu só estou aqui para conversar com as mulheres.

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Eu percebo que ele subitamente constata o perigo, e seus olhos se arregalam. “No chão”, ele grita mais alto do que nunca gritara em nossos exercícios. Esse foi o primeiro momento em que eu soube que não estava errada. O perigo está aí, uma bomba em nosso caminho. Nos próximos cinco minutos, nossa equipe fará a verificação com equipamentos sofisticados projetados por algumas das mentes mais brilhantes do mundo, mas a absoluta falta de crianças é a única confirmação de que precisamos. Os aldeões afegãos podem ser ambivalentes em relação aos soldados americanos. Eles podem hesitar em nos apoiar ou ajudar a vestir e alimentar terroristas que tentam tirar nossas vidas, mas eles amam seus filhos tanto quanto qualquer pai e mãe.

Como oficial de inteligência destacada para o aeródromo de Kandahar, no Afeganistão, eu informei isso à equipes de soldados que saem em patrulha. São indicadores, sinais de perigo. Nenhuma criança é um sinal de morte. E quando olho ao redor para os Rangers deitados no chão, homens com os olhos fixos nas miras de seus fuzis de assalto pretos e marrons, eu percebo que a falta de crianças é um indicador que qualquer mulher pode perceber muito mais rapidamente do que o homem mais bem treinado.



Essa foi apenas uma missão, em um dia comum, entre 365 outros dias em combate. Mas para mim essa missão se destaca mais do que a maioria das outras. Ela mostra por que a diversidade importa, por que, após 250 anos de existência, o Exército dos EUA finalmente percebeu que ter mulheres numa equipe poderia ser mais crucial para o sucesso da missão do que qualquer um de nós jamais suspeitou. Depois de dois séculos e meio, finalmente percebemos uma verdade importante: quando há homens e mulheres tentando matá-lo, faz muito sentido ter homens e mulheres tentando mantê-lo vivo.

Em 2011, eu estava no lugar certo, na hora certa da história e tive a honra de ser voluntária no primeiro grupo de mulheres a realizar operações de combate – integradas às unidades tradicionalmente exclusivamente masculinas. De fato, as mulheres já haviam lutado antes em todos os conflitos da história americana, mas essa foi a primeira vez que enviamos mulheres como combatentes e não apenas como “apoio”. Foi um grande passo, mas nem percebemos o tamanho.

Aparecemos na nossa primeira unidade, literalmente esperando que todos os homens ficassem com raiva por terem que levar as meninas para o combate, mas eles ficaram felizes por estarmos lá. Não me interpretem mal, eles nos fizeram trabalhar duro. Nunca esquecerei a voz rouca do sargento de pelotão quando ele berrou: “Então, você acha que quer estar na infantaria, não é?”, o único aviso de que começava um dia épico em que teríamos que nos provar fisicamente, com todo o pesado equipamento, até ficarmos machucadas e sangrando.

Mas também estávamos com um sorriso largo! Eu provei minha credibilidade porque podia correr mais rápido com os meus 23 quilos de equipamento do que o tenente encarregado usando apenas suas roupas de ginástica, gerando imensas provocações para esse tenente e a minha aceitação imediata na equipe. Depois de provarmos que poderíamos fazer parte da equipe, qualquer objeção inicial que houvesse à nossa presença desapareceu rapidamente. Os homens tiveram as mãos atadas por tanto tempo por causa das regras de engajamento na cultura muçulmana conservadora do Afeganistão – regras que impediam os soldados do sexo masculino de tocar as mulheres e revista-las, mesmo quando suspeitavam que poderiam ser uma ameaça – que eles estavam felizes por ter expandido suas capacidades ao ter mulheres na equipe.

Nosso comandante, o tenente John Runkle, sentou-se ao meu lado durante uma pausa em uma longa missão: “Daniella, eu quero conhecê-la, para aprender sobre o que a diferencia. Eu acho que ter mulheres aqui é importante, é muito diferente, e quero aprender a melhor forma de aproveitar isso”. Então nos conhecemos, dois tenentes conversando no deserto contando nossas histórias de vida. Eu contei a ele sobre como eu cresci no Brasil, que estudei no exterior na Alemanha onde fiz faculdade, e como fiquei empolgada com as oportunidades que o Exército poderia finalmente começar a oferecer às mulheres que quisessem se integrar totalmente à força.

John, sábio como sempre, colocou as coisas em uma perspectiva diferente para mim: “Sempre achei que ter soldados com pontos de vista diferentes em minha equipe era algo importante – e vocês, garotas, podem ser os soldados mais importantes aqui. Prometa-me uma coisa, ok? Nós cuidaremos de você e faremos o possível para garantir que você não seja ferida. E você apenas nos diz sempre que perceber alguma coisa. Falo sério, Daniella, qualquer coisa. Outros comandantes podem estar irritados por ter garotas na equipe agora, mas eu vejo vocês, senhoras, como nossas armas secretas. O resto de nós faz isso há muito tempo, falamos todos a mesma língua, todos percebemos as mesmas coisas. Vocês, meninas, têm novos olhos, novos cérebros, novas perspectivas. Quero você aqui porque você é diferente, não porque é mais do mesmo. Não tenha medo, ok? Pelo bem de todos nós.”

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E eu aceitei sua palavra. Fiz muitas perguntas, cometi muitos erros e, às vezes, foi realmente embaraçoso. E um dia John se foi, do jeito que acontece na guerra. De repente estávamos em seu funeral, em luto por ele e por muitos outros de nossa equipe. Meses depois, deitada em uma vala perto de uma vila afegã, de bruços atrás do meu fuzil, esperando a confirmação da bomba que eu suspeitava estar na estrada à frente, eu me perguntei se também poderia ter feito alguma diferença naquele dia fatídico – e se ter alguém na equipe com uma perspectiva completamente oposta poderia tê-lo mantido vivo naquele dia, se poderia ter salvado algumas vidas, como provavelmente aconteceu hoje.

O Exército dos EUA tem uma longa história de luta contra a ideia de mulheres em combate – e a resposta oficial, até 2013, sempre foi “não”. As pessoas diziam que não havia como as mulheres serem tão boas quanto os homens. Não éramos fortes o suficiente, rápidas o suficiente, resistentes o suficiente, descartáveis ​​o suficiente. O que o povo americano faria se as mães começassem a morrer em guerra?, diziam os políticos, com aparente desconsideração pelo fato de os pais morrerem em guerra o tempo todo. Nenhum argumento durante dois séculos e meio pôde provar que as mulheres eram boas o suficiente para serem homens.

A guerra no Afeganistão pôs de lado esse argumento. Não estávamos em guerra contra o Afeganistão, travávamos uma guerra por procuração, uma guerra contra terroristas que usavam esse país como cobertura. Precisávamos dos moradores locais do nosso lado. Precisávamos conquistar os corações e mentes desse povo muçulmano e, para isso, precisamos respeitar seus costumes e sua cultura. E em sua cultura, os homens não tocam em mulheres fora de suas famílias. Portanto, nossos soldados não podiam revistar casas, montar barreiras, realizar quase todas as operações em que estavam interagindo com um grupo misto de pessoas, sem a ajuda de mulheres. As operações forçaram a integração.

O que descobrimos naquele dia no deserto foi que as forças armadas dos EUA por mais de 2,5 séculos colocavam ênfase no fato de todos serem iguais. Mas aprendemos naquele dia que talvez seja ainda mais importante o fato de todos serem diferentes. Afinal descobrimos que não precisamos que as mulheres sejam homens, precisamos ser mulheres. Logo ficou óbvio que era importante que todos tenham lugar à mesa ou no deserto e que todos possam falar sobre o que veem sob suas próprias perspectivas, suas diferentes experiências de vida. É assim que chegamos a 360 graus de segurança. É assim que aumentamos a probabilidade de sucesso e aproveitamento da missão. Esse é o estudo de caso da diversidade.

Em menos de uma década, o exército dos EUA revogou a proibição de mulheres em batalha e todas as funções de combate foram abertas para o sexo feminino. As primeiras incríveis mulheres se formaram como Rangers, uma das escolas mais elitistas e cruelmente protegidas, com todos os cursos para homens. Mulheres se tornaram oficiais de infantaria, desempenharam diferentes papéis em combate e, quando sacrificaram suas vidas, finalmente descansaram com as mesmas honras e dignidade que os homens.

Tantas coisas incríveis e inéditas tem acontecido, incluindo a primeira mulher general de quatro estrelas a assumir o comando de uma divisão de infantaria – e todo o país aplaudiu! É com essa rapidez que a quebra de barreiras pode mudar uma cultura, mesmo em um país como os Estados Unidos, cujas forças armadas são tão famosas, respeitadas e imutáveis.

Diversidade é uma palavra chique atualmente, mas é um assunto complicado e a mudança de cultura é sempre difícil. Mas a lição que aprendi com meu amigo, o tenente John Runkle, é que a diversidade não tem relação com justiça social e seu benefício não vem de uma noção de “igualdade” – trata-se de preencher lacunas, enxergar além e estar melhor juntos do que sozinhos. É sobre aproveitamento, sucesso e segurança – ponto final.

Uma das primeiras coisas que se aprende sobre coleta de inteligência é viver e morrer pela seguinte matriz:

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Ela tem quatro quadrantes: o conhecimento conhecido (as coisas que sabemos que sabemos), o conhecimento desconhecido (as coisas que não sabemos que sabemos), o desconhecimento conhecido (as coisas que sabemos que não sabemos) e o desconhecimento desconhecido (as coisas que não sabemos que não sabemos). Descobrir o conhecimento conhecido é tão simples quanto fazer listas: fazer um brainstorming com sua equipe e escrever tudo. O conhecimento desconhecido se refere mais ao conhecimento ou à experiência do grupo – algo a que você ou sua organização já tem acesso, apenas precisa ser descoberto ou redescoberto. Você geralmente descobre isso quando está listando o que sabe e o que não sabe ou pesquisando para responder a essas perguntas.

O que desconhecimento conhecido é o ponto em que a coleta de informações realmente começa: quando conhecemos as perguntas mais prementes, podemos começar a respondê-las. O que é mais fácil de responder: “Como assumir o controle de uma vila afegã?” ou “Quais efeitos a chuva da noite passada terá na composição da única estrada que a equipe terá que seguir para chegar à vila x?” Obviamente, é o específico.

O desconhecimento desconhecido é o que chamamos de quadrante sombrio da inteligência – você não pode responder ativamente a perguntas que nem sequer sabe que tem. Por exemplo, nenhum líder de nenhum país poderia responder como manter sua economia em movimento se o mundo inteiro se isolar, porque não existe um cenário em que isso seria possível. Uma das melhores maneiras de abordar incógnitas desconhecidas é conseguir o maior número possível de perspectivas e olhares diferentes sobre seu plano – outras pessoas quase sempre têm um ponto de vista ligeiramente diferente do seu.

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Ninguém tem como saber tudo o que desconhece. A única maneira de se proteger – suas vidas, seus objetivos de missão, sua equipe de combate e seu país – é cercar-se de outras pessoas completamente diferentes de você e dar-lhes voz, da mesma maneira que meu líder me deu.

Em 1869, John Stuart Mill, um filósofo que, aliás, desenvolveu todas as suas ideias junto com sua esposa, escreveu: “O que agora é chamado de natureza das mulheres é uma coisa eminentemente artificial – o resultado da repressão forçada em algumas direções e estímulo antinatural em outros.”

O que ele quis dizer foi: nós ainda não sabemos do que as mulheres são capazes. Nem fisicamente, nem mentalmente. Nem na guerra, nem nos negócios, nem um pouco. Por toda a história, nós mulheres fomos controladas e regidas. As normas culturais determinaram do que somos capazes. Pela primeira vez na história, as barreiras estão começando a cair, seja com o movimento #metoo[1]em que as mulheres estão falando publicamente sobre assédio, seja com mulheres concorrendo aos mais altos cargos políticos em vários países do mundo, ou pegando em armas ao lado de soldados do sexo masculino. A única maneira de realmente sabermos do que somos capazes é derrubando todas as barreiras e liberando todo o nosso potencial.

Notas

[1] O #MeToo é um movimento contra o assédio e a agressão sexual à mulheres. Em 2006 a ativista americana Tarana Burke usou a frase “Me too” pela primeira vez, sendo popularizada como hashtag pela atriz Alyssa Milano no Twitter em 2017 ao encorajar as vítimas de assédio sexual a tuitar a respeito do problema. O movimento levou às acusações de abuso sexual contra o produtor de cinema Harvey Weinstein.

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*Daniella Mestyanek Young é autora e palestrante do TEDx. Nascida no infame culto religioso “Meninos de Deus”, aos quinze anos foi excomungada e mudou-se para os EUA sozinha e sem dinheiro. Começou a estudar e depois da formatura da faculdade entrou para o exército dos EUA. Foi oficial de inteligência e serviu dois períodos no Afeganistão na Operação Liberdade Duradoura, onde foi uma das primeiras mulheres da história a realizar operações de combate. Chegou ao posto de capitão e recebeu a Medalha Presidencial do Serviço Voluntário. Daniella mora em Seattle, é casada com um piloto de helicópteros de Operações Especiais, tem uma filha de três anos e fala fluentemente três idiomas. É co-fundadora de uma empresa de tecnologia de RH, ativista de veteranos, cônjuges militares e outras pessoas que passam por intensas transições culturais. Está escrevendo um livro de memórias, “Cultured”.


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14 comentários

  1. Que tesouro esse texto! Daniella definiu bem: “360 graus de segurança”, ou seja, o Todo é formado por seres humanos, que terão sempre muito a contribuir com o conhecido e a aprender com o desconhecido.

  2. Excelente artigo. Me senti lá com ela, senti a tristeza de perder um amigo e, me perguntar se, tudo aquilo estava realmente valendo a pena….e saber, que nós mulheres temos outra perspectiva, faz-me sentir especial. Obrigada Albert! obrigada VG!!!

  3. Capitão Daniela um grd abraço de Portugal e Fé No Brasil, a sua história com certeza é uma inspiração na vida de muitas pessoas, com muita garra, Força e Honra, quando estava lendo suas memórias da guerra era como estivesse em todo aquele cenário a qual estava sendo descrito e com certeza a capitão Daniela é mais fonte de inspiração na minha vida, hoje tenho mais um motivo para recomendar o Blogue O Velho General, um FA!

  4. Parabéns ao Blog e a autora pelo artigo. Esse é um assunto que já deveria ter sido martelo batido nas nossas Forças Armadas. Vemos em nossas polícias e bombeiros estaduais mulheres desempenhando tarefas juntamente com os homens, enquanto nas Forças as mulheres na maioria dos casos são designadas somente para atividades administrativas e de saúde. Existem diversos exemplos nas nossas Forças de mulheres que podem exercer atividades operacionais sem qualquer “prejuízo” de desempenho em comparação aos homens. Além do que o diferencial de visão comparado ao homem pode sem dúvida maximizar as capacidades de qualquer unidade. Parabéns a Capitão Daniella pela oportunidade de exemplificar isso. Bravo Zulu!

    1. Exatamente, é como ela coloca muito bem: diversidade não tem a ver com serem todos iguais, mas com saber utilizar as diferenças no trabalho em equipe. Chegaremos lá! Grato por comentar, um abraço!

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