Ações Aéreas Argentinas na Guerra das Malvinas

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Por Rudnei Dias da Cunha*

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O capitão Carballo (à direita) e o tenente Rinke (à esquerda) no comando de seus Douglas A-4B “Skyhawk” da FAA atacam o HMS Broadsword em 25 de maio de 1982 (Obra de Carlos A. Garcia, Óleo sobre tela, 60×40 cm).

SGAM-Logo.pngOs argentinos mantiveram seus principais meios aéreos nas bases do continente, e de lá, apesar da distância considerável do teatro de operações e com restrições em sua capacidade de reabastecimento em voo, eles operaram diversas missões contra a frota britânica. Neste artigo, o Prof. Rudnei traça um panorama geral das principais ações aéreas da FAA e da Armada durante a guerra.


Introdução

  • A Argentina invadiu as Ilhas Falklands, dependência britânica no Atlântico Sul, no dia 2 de abril de 1982.
  • O interesse da junta militar que governava a Argentina era duplo:
    • Desviar a atenção da população dos graves problemas sócio-político-econômicos, unindo a população e dando sustentação ao governo;
    • Mostrar aos países vizinhos que a Argentina era capaz de promover uma ação militar e sair vitoriosa.
  • A ação militar argentina baseava-se na errônea suposição de que a Grã-Bretanha não tentaria retomar o arquipélago.
  • As Falklands são de muita importância para a Grã-Bretanha, pois elas, juntamente com as ilhas Orkney e Georgia do Sul, permitem que ela possa manter sua reivindicação sobre a Antártica.

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A posição geográfica das possessões britânicas no Atlântico Sul – Falklands, Georgia do Sul e Orkney do Sul – permitem a reivindicação britânica de território na Antártica.

A posição geográfica das possessões britânicas no Atlântico Sul – Falklands, Georgia do Sul e Orkney do Sul – permitem a reivindicação britânica de território na Antártica.

  • Uma pequena frota, da qual participou o porta-aviões ARA 25 de Mayo, desembarcou tropas nas ilhas e, após uma breve resistência da guarnição local dos Royal Marines, ocupou-as.
  • Efetivo militar britânico da guarnição nas Falklands: 70(!) fuzileiros navais.
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Royal Marines (Naval Party 8901) capturados pelos argentinos, Port Stanley, 2 de abril de 1982.

  • Não houve, durante a invasão, a utilização dos A-4Q Skyhawk a bordo do ARA 25 de Mayo.
  • Até a chegada da Força-Tarefa 317 britânica, em fins de abril, os argentinos moveram seus meios aéreos para bases no continente, o mais próximo às Falklands, e, também, no próprio arquipélago.
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Bases aéreas argentinas no continente.

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Bases aéreas argentinas nas Malvinas.

Unidades Aéreas

COMANDO DE AVIAÇÃO NAVAL ARGENTINO


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  • Organizado em Escuadras Aeronavales (EA), às quais são subordinadas as Escuadrillas Aeronavales.
  • A numeração das esquadrilhas é relativo à EA, como em EA33 (3ª Escuadrilla Aeronaval, subordinada à 3ª Escuadra Naval).

1ª Escuadrilla Aeronaval de Ataque (EA41)

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Aermacchi MB-339A

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MB-339 4-A-113, EA41, CANA, Maio de 1982.

  • Juntamente com os Pucará do Grupo 3 de Ataque (FAA) e os T-34C-1 do CANA, foram os únicos operarem das Malvinas.
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MB-339 (CANA) e Pucará (FAA) abandonados pelos argentinos após o final do conflito.

2ª Escuadrilla Aeronaval de Caza y Ataque (EA32)

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AMD-BA Super Étendard (05)

  • Equipado com mísseis EXOCET
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Super Étendard

3ª Escuadrilla Aeronaval de Caza y Ataque (EA33)

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McDonnell Douglas A-4Q Skyhawk (08)

  • Encontravam-se em más condições:
    • Sete necessitavam trocar a asa por fadiga;
    • Os foguetes dos assentos estavam vencidos;
    • Não havia ganchos de retenção disponíveis.
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A-4Q 3-A-314, EA33, CANA, Maio de 1982.

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A-4Q 3-A-304, EA33, CANA, Junho de 1982.

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Pilotos da EA33, 20 de maio de 1982.

4ª Escuadrilla Aeronaval de Ataque

Beech T-34C-1 Mentor

  • Operando a partir de maio de 1982 na Estación Aeronaval Calderón, Malvinas.
  • Primeiras aeronaves argentinas a serem interceptadas pelos Sea Harrier britânicos (Nº 801 NAS, a bordo do HMS Invincible).
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T-34C-1 na ala de um A-4Q e MB-339.

Escuadrilla Aeronaval de Exploración (EA6E)

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Lockheed SP-2H Neptune

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SP-2H 2-P-111, EA6E, CANA, Maio de 1982.

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Tripulação do SP-2H 2-P-111 que localizou o HMS Sheffield.

Escuadrilla Aeronaval Antisubmarina (EA2S)

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Grumman S-2E Tracker

  • Operou a bordo do ARA 25 de Mayo até 5 de maio, quando foi transferida para Río Gallegos.
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A-4Q (EA33) e S-2E (EA2S) a bordo do ARA 25 de Mayo durante a Operação Rosário.

FORÇA AÉREA ARGENTINA

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Grupo 1 Aerofotográfico

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Lear Jet L-35A

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Learjet L-35.

Grupo 2 de Bombardeo

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BAC Canberra Mk.62

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A última missão da FAA na guerra, no dia 13 de maio, foi efetuada pelo Grupo 2.

Grupo 3 de Ataque

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FMA IA-58 Pucará

  • Sediado nas Malvinas.
  • Derrubaram um Westland Scout do Nº 3 Commando Brigade Air Squadron, Royal Marines.
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Pucará A-515, GA3, Maio de 1982.

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Pucará A-549, GA3, Junho de 1982.

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Pucará A-522 antes de levantar voo em 29/05/1982 rumo a BAM Puerto Argentino.

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Diversos Pucará destruídos ao longo da pista de RAF Stanley, após a guerra; um C-130 da RAF aproxima-se para o pouso.

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Pucará ZD845 A&AEE (RAF), exibido em Cosford; ex-FAA A-515, capturado e levado como butim de guerra.

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O Pucará A-584 derrubou um Westland Scout do 3CBAS, Royal Marines, em 28/05/1982.

Grupo 5 de Caza

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  • McDonnell Douglas A-4P (B/C) Skyhawk.
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A-4B C-238, GC5, FAA, Maio de 1982.

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Vista superior de um A-4B, com painéis de identificação nas asas.

Grupo 6 de Caza

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  • IAI Dagger.
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IAI Dagger.

Grupo 8 de Caza

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  • AMD-BA Mirage IIIEA.
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Mirage I-017, GC8, FAA, Maio de 1982.

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Escuadrón Helicópteros Malvinas

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  • Boeing Chinook C-47.
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Chinook C-47.

EXÉRCITO ARGENTINO

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Comando de Aviação do Exército (CAE)

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  • Batalhão 601.
  • Boeing Chinook C-47.

Operações dos Super Étendard

O ataque ao HMS Sheffield, 04/05/1982

  • No dia 2 de maio, dois Super Étendard da EA32, pilotados pelos Capitán de Fragata JORGE COLOMBO e Teniente de Fragata CARLOS MANCHETANZ, deveriam lançar um ataque com Exocet à frota britânica.
  • O ataque deveria ser coordenado com um outro, feito pelos A-4Q a bordo do ARA 25 de Mayo.
  • No entanto, os A-4Q não puderam levantar voo devido a uma pane na catapulta do porta-aviões.
  • Por volta do mesmo período, o cruzador General Belgrano foi afundado pelo submarino HMS Conqueror e o ARA 25 de Mayo recolheu-se apressadamente ao porto.
  • Uma escolta de Dagger do Grupo 6 era planejada mas acabou sendo abandonada.
  • Voando a baixa altura, os Super Étendard escaparam da detecção dos radares britânicos, mas tiveram de abortar a missão após não conseguirem reabastecer no KC-130H.
  • No dia 4 de maio, uma nova tentativa foi feita; os pilotos do elemento de Super Étendard eram o Capitán de Corbeta AUGUSTO BEDACARRATZ e o Teniente de fragata ARMANDO MAYORA.
  • Um Neptune da EA6E detectou alvos a 160 km ao sul de Port Stanley.
  • Os Super Étendard decolaram às 08h45 (BsAs), equipados com um míssil Exocet sob a asa esquerda e um tanque de 1.100 l sob a asa direita.
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Super Étendard 3-A-204, equipado com Exocet e tanque subalar.

  • Após um bem-sucedido REVO, à oeste das Falklands, receberam do Neptune as coordenadas dos alvos.
  • Os pilotos argentinos valeram-se das más condições atmosféricas no dia: teto de 150 m e visibilidade de menos de 1 km.
  • Voando a apenas 15 m de altura, à uma distância de 45 km do alvo, subiram à 40 m e ligaram seus radares.
  • Tendo localizado os alvos, desceram para 15 m novamente e introduziram no computador do míssil os parâmetros de lançamento.
  • Quando iluminaram os alvos com seus radares, os pilotos argentinos expuseram- se às defesas britânicas.
  • Os dois Exocet foram lançados a uma distância de 35-55 km (apesar de algumas fontes citarem apenas 10 km).
  • Um dos mísseis atinge o costado do HMS Sheffield, aparentemente não explodindo, mas iniciando um incêndio (alimentado pelo combustível do foguete) que se propaga rapidamente.
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O HMS Sheffield em chamas após ser atingido por um míssil Exocet.

  • O HMS Sheffield foi abandonado ao final da tarde, e afundou seis dias após.
  • 20 marinheiros morreram.
  • A investigação britânica sobre as causas da não-detecção do Exocet pelos radares do HMS Sheffield indicaram que eles sofreram interferência eletromagnética pelo próprio sistema de UHF do navio, o qual estava transmitindo uma mensagem para Londres no momento do ataque.
  • O que a investigação não revelou foi que os Super Étendard não foram interceptados pela PAC de SHAR porque a mesma havia sido deslocada para fazer um reconhecimento visual – desnecessário – a 120 km de distância!

O ataque ao MV Atlantic Conveyor, 25/05/1982

  • Dois Super Étendard atacaram a frota britânica, tendo feito um REVO a oeste das ilhas e procedido rumo norte, antes de voltarem-se em direção aos navios.
  • Dois Exocet lançados atingiram o navio- contêiner MV Atlantic Conveyor, que transportava helicópteros Chinook e Wessex e motores de reserva para os Harrier.
  • Doze tripulantes morreram, inclusive o capitão, o qual, já aposentado, havia se apresentado como voluntário.
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O MV Atlantic Conveyor em chamas, após ser atingido por dois mísseis Exocet.

  • O navio afundou alguns dias depois, levando consigo quase toda a carga (um Chinook – BRAVO NOVEMBER – pôde ser salvo e, com ele, os britânicos transportaram a artilharia para o ataque a Monte Kent).

Sumário

  • Foram realizadas cinco missões.
    • 6 Exocet lançados.
    • 3 Exocet acertaram os alvos (1 HMS Sheffield e 2 MV Atlantic Conveyor).
    • Nenhum Super Étendard foi perdido.

Operações dos Skyhawk

  • De 1o de maio a 14 de junho de 1982:
    • 289 surtidas: 106 do Grupo 4 (FAA), 149 do Grupo 5 (FAA) e 34 da EA33 (CANA).
    • 22 perdas (19 em combate, 3 em acidentes): 9 do Grupo 4, 10 do Grupo 5 e 3 da EA33.
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Infográfico: aeronaves Skyhawk abatidas.

O ataque ao HMS Glasgow, 12/05/1982

  • Às 14h00, aeronaves A-4P do Grupo 5 (FAA) bombardearam o HMS Glasgow com bombas de 1.000lb, duas das quais atravessaram o casco sem explodir.

O ataque ao HMS Argonaut, 21/05/1982

  • Às 14h30, um MB-339 da EA41 atacou o HMS Argonaut com foguetes Zuni e tiros de canhão 30mm.
  • Alguns minutos após, aeronaves A-4Q da EA33 acertaram duas bombas de 1.000lb no HMS Argonaut, forçando-o a se retirar da área.

O afundamento da HMS Ardent, 21/05/1982

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Infográfico: a PAC de SHAR do
Nº 800 NAS (HMS Hermes) não estava a baixa altitude, o que impediu a interceptação dos A-4Q da EA33 antes de atingirem a HMS Ardent.

  • Às 14h40, três Dagger do Grupo 6 atacaram a HMS Ardent com bombas de 1.000lb, causando danos consideráveis.
  • Duas seções de três A-4Q realizaram o terceiro ataque:
    • 1a seção:
      • A-4Q 3-A-307 Capitán de Corbeta ALBERTO JORGE PHILIPPI.
      • A-4Q 3-A-312 Teniente de Navío JOSÉ CÉSAR ARCA.
      • A-4Q 3-A-314 Teniente de Fragata GUSTAVO MARCELO MÁRQUEZ.
    • 2a seção:
      • A-4Q 3-A-301 Teniente de Navío Benito I. Rótolo.
      • A-4Q 3-A-305 Teniente de Navío Carlos Lecour.
      • A-4Q 3-A-306 Teniente de Navío Roberto Sylvester.
LIVRO RECOMENDADO:

Skyhawks Over the South Atlantic: Argentine Skyhawks in the Malvinas/Falklands War 1982

  • Santiago Rivas (Autor)
  • Em inglês
  • Capa Comum
    • Cada A-4Q estava armado com quatro Mk.82 Snakeye de 500 lb, dois canhões de 20 mm e três tanques externos de 300 l.
    • O plano de ataque era:
      • Altitude de voo abaixo de 50 ft até o alvo.
      • Lançamento das bombas a 300 ft, 250 m de intervalo.
      • Rumo de ataque, 30° entre cada A-4Q.
    • A 2a seção decolou 17 min após a primeira, devido a panes nos A-4Q 3-A-301 e 3-A-306.
    • A 1a seção atacou às 15h01, lançando as bombas sobre o HMS Ardent.
    • Às 15h04 uma patrulha de SHAR interceptou a 1ª seção, derrubando dois A- 4Q e avariando tão seriamente o terceiro que o piloto teve de se ejetar.
    • Às 15h30 a 2a seção atacou, bombardeando novamente o HMS Ardent, escapando ilesa e aterrissando em Río Grande às 16h40.
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O HMS Ardent é atingido mortalmente pelos A-4Q da EA33.

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O HMS Ardent em chamas, após o ataque dos A-4Q da EA33, 21/05/1982.

O afundamento da HMS Antelope, 23/05/1982

  • A fragata Tipo 42 HMS Antelope foi atacada por aeronaves A-4P/B do Grupo 5 e por A-4Q do EA33.
  • O A-4P/B do 1o Teniente GUADAGNINI foi abatido após lançar sua bomba de 1.000 lb.
  • Várias bombas acertaram a fragata, causando danos e incêndios.
  • Um bomba ficou alojada no casco, sem explodir.
  • À noite, uma equipe de demolição britânica tentou desarmar aquela bomba, a qual acabou por explodir e rompeu o casco da HMS Antelope em dois.
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Os destroços do HMS Antelope na baía de San Carlos.

Ataques dos Skyhawk no dia 24 de maio

  • Foram feitos vários ataques às lanchas de desembarque, porém as bombas não tiveram tempo de armar e não explodiram, por terem sido lançados a uma altitude abaixo da prevista.
  • Dois Skyhawk do Grupo 4 foram perdidos e um deles, bastante avariado, com os tanques perfurados, só conseguiu retornar “plugado” a um KC-130H, perdendo quase tanto combustível quanto recebia!
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Um A-4 perdendo combustível dos tanques perfurados consegue retornar à base sendo reabastecido continuamente por um KC-130H.

O afundamento da HMS Coventry, 25/05/1982

  • Nesse dia, a HMS Coventry, uma fragata Type 42 equipada com mísseis Sea Dart e o HMS Broadsword, um destroier Type 22 equipado com mísseis Sea Wolf, encontravam-se ao norte das Malvinas, para proteger o acesso a San Carlos (local do desembarque britânico).
  • Um Lear Jet do Grupo 1 Aerofotográfico (FAA) localizou os navios na manhã do dia 25.
  • Quatro A-4B/C do Grupo 5 realizaram o ataque, armados com bombas de 1.000lb, a baixa altitude e vindos por sobre as ilhas.
  • Uma PAC de SHAR do Nº 800 NAS encontrava-se próxima e interceptou a esquadrilha argentina.
  • Quando os SHAR iam engajar, estando às “6 horas”, receberam ordem de não fazê-lo, pois os A-4 haviam sido adquiridos pelos sistemas de mísseis dos HMS Coventry e HMS Broadsword.
Argentina's Tactical Aircraft Employment In The Falkland Islands War (English Edition) por [Green , Major Gabriel V.] LIVRO RECOMENDADO:

Argentina’s Tactical Aircraft Employment In The Falkland Islands War

  • Major Gabriel V. Green (Autor)
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  • O HMS Coventry encontrava-se do lado mais próximo aos A-4; o HMS Broadsword encontrava-se à bombordo e atrás do HMS Coventry.
  • Ocorre então uma falha no sistema de mísseis do HMS Coventry, e os Sea Dart não são disparados.
  • Quando o HMS Broadsword ia disparar, a superestrutura do HMS Coventry ocultou os A-4, impedindo o disparo dos seus mísseis!
  • A primeira bomba lançada pelos A-4 ricocheteou na água e subiu por cima do costado do HMS Broadsword, destruindo seu helicóptero Sea Lynx.
  • As outras três bombas foram lançadas pelos A-4 na altura correta e acertaram a HMS Coventry.
  • O impacto foi tão forte que rompeu o fundo do casco da HMS Coventry, o qual afundou em 45 segundos!
  • Dentre os 287 tripulantes, 19 morreram e 30 ficaram feridos.
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A HMS Coventry no momento do impacto das bombas, 21/05/1982.

Operações antipessoal

  • Com o avanço das tropas britânicas desde Goose Green em direção de Port Stanley, os A-4 foram utilizados em missões de ataque ao solo.
  • No dia 7 de junho, A-4P do Grupo 5 atacaram tropas desembarcando dos LSL Sir Tristan e Sir Galahad, ao sul da ilha Falkland Leste, matando 51 soldados e ferindo outros 46.
  • No mesmo dia, os A-4P atacaram as tropas britânicas em Mount Pleasant (noroeste de Port Stanley); todos foram atingidos pelo fogo de armas leves e dois tiveram de retornar “plugados” em KC-130H.
  • Aeronaves Canberra do Grupo 2 passaram a atacar as posições britânicas à noite.
  • O último ataque de A-4 foi no dia 13 de junho, um dia antes da rendição, com bombas Snakeye contra posições britânicas em Monte Longdon e Monte Kent, avariando levemente dois helicópteros.

Considerações finais

  • O uso de uma arma “stand-off” aumenta as chances de sobrevivência das tripulações (Super Étendard vs. Skyhawk).
  • Um adversário, mesmo não dispondo de equipamentos atualizados tecnologicamente, pode causar bastante dano, se usar táticas adequadas.
  • Ou se tiver sorte!


*Rudnei Dias da Cunha é Doutor em Ciência da Computação pela University of Kent at Canterbury e Bacharel em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É Professor Titular do Departamento de Matemática Pura e Aplicada do Instituto de Matemática e Estatística da UFRGS. Ocupou diversos cargos de direção e coordenação do Instituto de Matemática e do Programa de Pós-graduação em Matemática Aplicada da UFRGS. Foi condecorado com a Ordem do Mérito Aeronáutico (grau Oficial) e com a Medalha Mérito Santos-Dumont. É Membro Honorário da Força Aérea Brasileira, da Royal Aeronautical Society, da Society for Industrial and Applied Mathematics e da Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional. Com Leandro Casella, é coautor dos livros Curtiss P-40 no Brasil, Grumman S-2 no Brasil e Northrop F-5 no Brasil.


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6 comentários

  1. Prof. Rudnei, hoje em dia esses atques a baixa altitude com bombas burras seria praticamente um suicídio? Digo isso em razão dos modernos mísseis terra-ar e dos sistemas como goalkeeper.

  2. Excelente material, em explicativo, mostra que apesar do custo dessa destruição toda ter sido quase que a total perda da aviação militar argentina, da qual eles jamais se recuperaram, mostra que engana-se quem pensa que a vitória dos piratas britânicos foi um passeio aqui no Atlântico Sul

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