Um General para ser lembrado e uma guerra para não ser esquecida

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Por Robinson Farinazzo*

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O general Carlos Alberto dos Santos Cruz durante missão próximo a Goma, cidade retomada pela ONU na República Democrática do Congo (Foto: MONUSCO/Sylvain Liechti).

“Eu procuro fazer as coisas de forma simples, focar no que precisa ser feito. Se começar a focar na dificuldade, ficar raciocinando na complexidade do problema, acaba perdendo tempo”, afirmou. “Há um planejamento, e temos que colocar em prática. Eu dou o rimo, de forma mais rápida, ou menos. Mas temos que andar pra frente, a coisa tem que ter dinamismo.”

(General de Divisão Santos Cruz)


Carlos Alberto dos Santos Cruz é um militar brasileiro. E um cidadão que o resto do mundo conhece (e reconhece) melhor que o seu próprio país.

No comando da missão de paz na República Democrática do Congo (MONUSCO) em 2013, estiveram sob sua coordenação de cerca de 23,7 mil militares de vinte países. Pela primeira vez desde a Guerra da Coréia (1950-53), a ONU (Organização das Nações Unidas) autorizou o uso de força militar para fazer cumprir suas resoluções.

Sob Cruz, deu-se o fim do confronto com o Movimento 23 de Março (M23), o maior grupo guerrilheiro do país africano, que acabou por encerrar a luta armada nos fins de 2013.

Pouco conhecido no Brasil fora dos meios militares, a missão bem sucedida de Santos Cruz foi descoberta pela rede de televisão árabe Al Jazeera e revelada ao resto do mundo em documentário de 25 minutos.

Profundamente humanitário em sua visão de mundo, é dele uma das frases que talvez mais defina a natureza do trabalho conduzido por civis e militares a serviço da ONU:

“A gente nunca se acostuma com o sofrimento humano.”


Assista ao documentário da Al Jazeera, “Congo and the General”, no YouTube.


Assista também a entrevista do general Santos Cruz ao CANAL ARTE DA GUERRA. São dois vídeos.

PRIMEIRA PARTE


SEGUNDA PARTE


*Robinson Farinazzo é Capitão de Fragata (FN) RM1, expert em tecnologia aeronáutica e articulista de Defesa. Com mais de trinta anos de carreira militar, extensa experiência de campo e formação superior em Administração de Empresas, é Editor do Canal Arte da Guerra. E-mail: robinsonfarinazzo@gmail.com.


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7 comentários

      1. Cmt Robinson,
        Parabéns pelo trabalho de divulgação da História Militar. Estou me associando e vou trazer o Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (IGHMB), criado em1938, e sediado no Rio de Janeiro, para atuar junto com vcs.
        Cel Ferreira
        Historiador. Chefe da Seção de Pesquisas Históricas do Centro de Estudos e Pesquisas de História Militar do Exército (CEPHIMEx)

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