Filme: Nada de Novo no Front

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Por Albert Caballé Marimón* 
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Cartaz do filme de 1930 (Universal Pictures).

“Nada de Novo no Front” retrata o sofrimento dos soldados alemães durante a Primeira Guerra Mundial. Existem duas versões desse filme; a primeira, de 1930, ainda em branco e preto; e a outra de 1979, essa com dois atores que eu gosto, Ernest Bornigne e Richard Thomas; alguns vão se lembrar de Thomas como o John Boy da série da Família Walton.

As duas versões estão no Youtube: a de 1930, com o título de “Nada de Novo no Front”, pode ser alugada pelo YouTube Filmes; e a versão de 1979 está aberta, pode ser encontrada com o título de “Sem Novidades no Front”, e inclusive tem legendas em português.

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Versão de 1930 no YouTube

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Versão de 1979 no YouTube

A Amazon tem disponível o livro em português (uma edição de bolso), algumas edições em inglês e o blu-ray do filme de 1930. Blu-ray ainda é um produto um tanto caro, mas para os cinéfilos pode valer a pena.

O filme conta a história de um estudante alemão, Paul Baumer e alguns amigos que estão se formando no que seria o equivalente do nosso atual ensino médio. Influenciados pelo professor Kantorek com um discurso nacionalista sobre as glórias e superioridade da cultura alemã, eles se alistam no exército; era o ano de 1916 e eles a Primeira Guerra Mundial estava em curso.

Já no período de oito semanas de treinamento básico eles começam a perder um pouco do encanto; e quando finalmente vão para a frente de combate, descobrem que a realidade da guerra é muito distante dos discursos de glória do professor Kantorek.

LIVRO RECOMENDADO:

Nada de Novo no Front

  • Erich Maria Remarque (Autor)
  • Em português
  • Versões eBook Kindle, Capa Comum e Livro de bolso

O filme enfatiza a guerra de trincheiras, marca da Primeira Grande Guerra, que era algo realmente terrível; nas épocas de chuva tudo se transformava num imenso lodaçal e os soldados viviam literalmente no meio da lama convivendo com ratos, doenças e o constantes bombardeios de artilharia e cargas de infantaria.

O filme mostra também o uso de armas químicas; tanto os alemães como os aliados usaram gás na Primeira Guerra. E a certa altura, fica claro que os soldados são cada vez mais jovens. Enfim, a história procura mostrar o sofrimento dos combatentes; as mortes, as amputações, sérios problemas psicológicos, etc.

BLU-RAY RECOMENDADO:

Nada de Novo no Front

  • Versão de 1930
  • Vencedor de Dois Oscars
  • Formato: Blu-ray

Os dois filmes são baseados no livro de Erich Maria Remarque, que era veterano da guerra. Foi publicado primeiro em 1928 como uma série num jornal e depois em 1929 já na forma de livro. Fez muito sucesso e vendeu um milhão e meio de cópias apenas no ano de lançamento.

Mesmo assim, foi gerou controvérsia; muitos o acusaram de uma peça do movimento pacifista e de ser exagerado. Houveram médicos que também protestaram, acusando-o de retrata-los com apatia perante o sofrimento dos soldados.

Mas quem não gostou mesmo do livro foram os nazistas. Como a história mostrava o sofrimento dos soldados alemães, eles acharam que denegria a Alemanha e o exército alemão. Houveram inclusive protestos nazistas em cinemas quando o filme estreou em 1930. Quando Hitler afinal chegou ao poder em 1933, o livro foi banido da Alemanha e exemplares foram queimados em praça pública juntamente com outros livros execrados pelos nazistas.

Se vocês tiverem sugestões de filmes, enviem através da página de contato do Blog. Eu espero que gostem deste filme, e até a próxima resenha!


Assista ao Vídeo XXX do CANAL ARTE DA GUERRA com esta resenha em vídeo e comentários do Comandante Robinson Farinazzo:


*Albert Caballé Marimón possui formação superior em marketing, é fotógrafo profissional e editor do blog Velho General. Já atuou na cobertura de eventos como a Feira LAAD, o Exercício CRUZEX e a Operação Acolhida. É colaborador do Canal Arte da Guerra e da revista Tecnologia & Defesa. Pode ser contatado através do e-mail caballe@gmail.com.


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5 comentários

  1. Assisti a versão de 1979. Ótimo filme ! Me chamou muito a atenção do Cabo Hilmmeltoss (não sei se é assim que se escreve), que foi o treinador dos recrutas, dentre eles o protagonista Paul Baumer. O cabo era um machão no quartel. Mas, numa dada situação, foi encontrado se acovardando numa cratera enquanto muitos avançavam contra os franceses. Ocorreu que o Cabo acabou ganhando uma medalha que foi entregue pelo próprio Kaiser. O cabo morreu em combate e pelo jeito deu a volta por cima contra sua covardia.

    1. Infelizmente, a verdade é que certas vezes as coisas não ocorrem como deveriam. O filme mostra bem isso. Muito obrigado por comentar e por nos acompanhar, forte abraço!

  2. A matéria é muito boa, apesar do articulista insistir no erro de português, quando coloca o verbo “haver”, com sentido de “existir”, no plural – ex. “houveram inclusive protestos…”, quando o correto é “houve inclusive…”. Fez mais de uma vez! A crítica é construtiva!

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