Entrevista Exclusiva: o Canal Arte da Guerra atinge 10 Milhões de Views!

Compartilhe:
capa

B-Top-720x75px-ADG.jpg

Por Albert Caballé Marimón

Farinazzo-04.png

Ao atingir 10 milhões de visualizações fazendo um trabalho sério, profissional e sem sensacionalismo barato, o CANAL ARTE DA GUERRA mostra que vem se consolidando como um veículo de destaque e um farol em meio ao mar de desinformação sobre Defesa que encontramos no YouTube.

Em meio às comemorações da marca, o Blog Velho General entrevistou com exclusividade seu criador e editor, o Comandante Robinson Farinazzo.

Comandante Robinson, o Canal ARTE DA GUERRA atingiu esta semana a marca de 10 milhões de visualizações. O que isso representa para o veículo?

Albert, o Canal foi concebido tendo em mente diversas missões, porém a mais importante delas é o despertar da consciência da sociedade brasileira no tocante à importância da Defesa. Então esse número é muito significativo na medida que indica que nossa mensagem está ganhando amplitude e se espraiando para nichos importantes do segmento de Defesa, como o empresariado do setor, parlamentares, acadêmicos da área e militares em posições-chave. É bastante gratificante, mas também nos investe de enorme responsabilidade no tocante à linha editorial, a qual procuramos manter com a matiz mais sóbria possível.

O Canal procura primar pela relevância dos temas, é isso?

Exatamente. Embora essa entrevista verse sobre a cifra 10 milhões, entendemos que, muito mais importante do que o número, é o nível de consciência da nossa audiência. Trata-se de um público que lê, questiona e se engaja. Então, embora não seja um montante de views grande se comparado a um canal dedicado a videogames por exemplo, ele acaba tendo um impacto enorme no setor na medida que muita gente que nos assiste está em posições de destaque na sociedade. Essas pessoas decidem e o Canal está consciente do seu papel de assessora-las em sua árdua tarefa.

Há espaço para um veículo de Defesa sério no Youtube?

Sem dúvida, eu acredito que existe público para esse modelo. Eu acho que há uma fatia significativa e influente da sociedade que busca uma informação refinada, isenta de proselitismo político e esvaziada de viés ideológico. Essas pessoas desejam um veículo que não apela para sensacionalismo nem explora a boa-fé do Assinante. Agora, é uma luta diária para se impor, no sentido de explicar ao público que há mais joio do que trigo nesse mercado. Infelizmente, o debate de Defesa no Brasil foi infantilizado por alguns setores da internet e vai levar tempo para reverter isso.

Quais os maiores desafios que o Sr. visualiza para o Brasil no âmbito da Defesa hoje em dia?

São vários. O primeiro é o baixo eco no Congresso Nacional com relação às necessidades do Brasil nesses quesitos. O segundo é o desconhecimento da sociedade quanto à real situação de nossa Defesa, pois precisamos desmistificar os falsos conceitos e mostrar as reais prioridades. Também enxergo a falta de uma política consistente e perene dos sucessivos Governos Federais no tocante aos investimentos na área como um equívoco que, espero, mude doravante face a conjuntura internacional que se redesenha e que em alguns pontos nos é desfavorável.

Agora, no longo prazo, o Brasil precisa consolidar e sedimentar seu processo democrático, sob pena de fornecermos pretextos às potências estrangeiras para intervir nos interesses nacionais, especialmente a Amazônia.

LIVRO RECOMENDADO:

As Leis de Sucesso dos Pilotos de Guerra

  • Robinson Farinazzo (Autor)
  • Em português
  • eBook Kindle

Sobre conjuntura internacional que se redesenha com desfavorável para o Brasil o Sr. quis se referir aos interesses estrangeiros na Amazônia? A região está vulnerável?

Muito mais do que a grande mídia propaga para a sociedade. Vou mais longe, além de vulnerável ela é cobiçadíssima, veja esse caso do Corredor Triplo “A” e agora a intromissão explícita de grupos de pressão internacionais em nossos assuntos domésticos sob a capa de interesses ecológicos. Essas organizações tem acesso a vultosos recursos financeiros e ninguém questiona QUEM e PORQUE são custeados nesse volume. A Comissão de Defesa e Relações Exteriores do Congresso precisa oficiar essas entidades e pedir explicações. Não é o governo quem tem que prestar esclarecimentos no primeiro momento, e sim essas ONGs que devem explicitar suas reais fontes de financiamentos e detalhar os interesses envolvidos.

Pode citar as contribuições positivas que as mídias de Defesa podem trazer ao empresariado do setor?

As mídias sérias você quer dizer (risos)! Bem, eu acho que só agora uma parte expressiva do empresariado começa a perceber as reais possibilidades de alguns (raros) canais do Youtube e de veículos como o Velho General no sentido de potencializar e dar amplitude às reivindicações do setor. Nossos veículos possuem boa inserção junto à sociedade, e através da capilaridade de nossas redes sociais conseguimos um corpo a corpo com o público que nem os veículos oficiais nem as mídias corporativas conseguem emular.

Qual o diferencial das mídias especializadas como o Canal ARTE DA GUERRA para o público-alvo?

Eu posso citar não um, mas vários. Primeiro somos customizados para esse ambiente, falamos a língua do mesmo e entendemos seus desafios, pois como profissionais conhecemos as complexas particularidades do setor. Segundo que nosso tipo de mídia é ágil na resposta e no alcance na medida em que atende com perfeição às indagações do público. Terceiro que o ADG está no ar o tempo todo, atendendo em período integral uma audiência sedenta por informação abalizada e técnica. Mas o grande destaque é que se trata de uma mídia atenta, participativa e crítica em suas análises, e o resultado disso é que goza de muita confiança junto ao seu público.

Qual(is) lideranças inspiram a construção do Canal?

Olha, eu acho que o trabalho da liderança, principalmente a de matiz política, é árduo no sentido de que você precisa decidir o tempo todo, e que para cada situação existe uma e APENAS UMA decisão correta. Então seria injusto cobrar perfeição de um líder – é humanamente impossível acertar o tempo todo, logo eu entendo as críticas que algumas pessoas farão aos líderes que citarei, mas vamos lá: Ernesto Geisel (Presidente da República-1974/79), Getúlio Vargas, Duque de Caxias, Sergio Vieira de Mello (Alto Comissário da ONU para refugiados), Henrique Prata (construiu o Hospital do Câncer de Barretos), Charles de Gaulle, Winston Churchill, Nelson Mandela (que evitou a guerra civil na África do Sul), Margareth Thatcher, Catharina da Rússia, Richard Nixon…são tantos !
Lembro também que já fiz um vídeo falando sobre os generais que influenciaram o Canal:

Vídeo 531: Os Generais que inspiraram o CANAL ARTE DA GUERRA!!!


Nossos leitores gostariam de saber sua opinião sobre alguns temas de destaque no setor. O que o Sr. tem a dizer sobre a Venezuela?

No momento, empacou. Embora o governo ditatorial de Maduro seja completamente incompetente para conduzir o país a dias melhores, a oposição tampouco tem habilidade, carisma político ou cacife para derrubá-lo. Quem sofre com isso é o pobre povo venezuelano. Espero que sirva de lição para nós, brasileiros, no sentido de que a agudização da política só conduz a desastres.

Oriente Médio?

Qual Oriente Médio Você se refere? Israel? O Irã? Arábia Saudita ou a guerra da Síria? Percebe, são agendas diferentes, mas que se entrelaçam em territórios disputados nos quais não existe nenhuma perspectiva de paz no curto prazo. A esperança mais recente, que foi a Primavera Árabe, desaguou em novos horrores ou ditaduras reinventadas. Todo novo normal do Oriente Médio tende a ser pior do que a conjuntura anterior. Difícil…

Trump?

No momento, duas das questões internacionais abordadas por Trump (e que interessam à nossa audiência), encontram-se em situação não muito promissora: o Irã e a Coreia do Norte. O primeiro endureceu suas posições e não parece disposto a ceder na renegociação do acordo nuclear e a segunda continua a testar seus mísseis como dantes – em suma, aparentemente nada mudou e pode até ter piorado sob alguns aspectos. Mas a economia americana parece ir bem sob Trump, o que pode lhe conferir um segundo mandato, de vez que essas questões internacionais não são tão relevantes para seu eleitorado. Vamos aguardar.

Putin?

A pergunta não é Putin, mas o que fazer sem ele ou depois dele. Para o bem ou para o mal, o Ocidente aprendeu a conviver (e se acomodou) com as idiossincrasias de Putin. Todos sabem que um dia ele será substituído, mas precisamos lembrar que a Rússia tem mais de 7.000 ogivas nucleares, você consegue imaginar as consequências disso nas mãos de algum líder que não seja tão pragmático?

China?

Acho muita responsabilidade tentar falar resumidamente sobre a China, um país que sem dúvida, enfrenta desafios gigantescos, tanto no contexto interno quanto no cenário internacional. Por um lado, não acho que os chineses representem o apocalipse, e no contraponto não me parece que pretendam abrir mão de seu papel de potência, quer regional ou mesmo além disso. Agora, deixo uma pergunta: é saudável, em termos políticos, a existência de uma única superpotência hegemônica como temos hoje (os EUA) ou seria interessante haver um contrapeso que trouxesse equilíbrio e alternativas comerciais embora seja uma ditadura? Precisamos pesar os prós e os contras antes de responder.

LIVRO RECOMENDADO:

As Leis de Sucesso dos Pilotos de Guerra

  • Robinson Farinazzo (Autor)
  • Em português
  • eBook Kindle

Que mensagem o Sr. deixaria aos leitores do Velho General?

Tenham fé no Brasil. Há muito por ser feito em nosso País, mas ele é generoso em seu espírito. Estamos consolidando nosso processo democrático, e isso leva tempo, é preciso que a esperança não se perca em meio à essa caminhada. Não podemos esmorecer diante da longa caminhada que temos pela frente.

Deixo aqui um pedido: o ARTE DA GUERRA chegou a 10 milhões de visualizações e quer bater os 20 milhões o quanto antes. Então pedimos aos amigos do Velho General que nos ajudem a alcançar essa marca, quando faremos um vídeo descrevendo o dia a dia na redação de ambos os veículos. Conto com vocês!

Comandante, parabéns pelo excelente trabalho que vem desenvolvendo e muito obrigado pela entrevista. De parte da equipe do Velho General e seus leitores, pode considerar como feito!


*Albert Caballé Marimón é fotógrafo profissional e editor do Blog Velho General. Atua na cobertura de eventos tendo atuado, por exemplo, na Feira LAAD, no Exercício CRUZEX e na Operação Acolhida, em Roraima. É colaborador do Canal Arte da Guerra e da revista Tecnologia & Defesa. E-mail: caballe@gmail.com


Compartilhe:

Facebook
Twitter
Pinterest
LinkedIn

13 comentários

  1. Sou relativamente novo em acompanhar tanto a Arte da Guerra como o Velho General, e posso dizer que estou impressionado com o profissionalismo de ambos.
    Acompanho a questão de Geopolítica, Defesa e Armamento desde minha adolescência e só agora posso sentir que temos canais e fóruns competentes para discussão e informação.
    Parabéns!!!

    1. Marcus, muito obrigado pelo comentário. Fico muito feliz com este feedback; seguimos trabalhando para manter e melhorar este padrão. Grato por nos acompanhar!

  2. Bom Dia Albert e Cmdt Farinazzo, Gostaria de agradecer ambos pelo trabalho fora de série e com tanta dedicação que os Srs vem realizando em meio a tantas sandices e super trunfos da vida que vemos na mídia, muito obrigado mesmo só me arrependo de ter conhecido o canal tarde, acompanho desde o vídeo 293 Análise de Drácula Comandante militar.
    Abraços!

  3. Arte da Guerra e Caiafa Master/Roberto Caiafa são hoje os únicos que sigo diariamente no youtube. São profissionais competentes, sérios e trazem a nós, entusiastas em geopolítica, defesa e tecnologia, material de excelente qualidade. O site Velho General passei a seguir a pouco tempo por indicação entusiasmada do Cmdte. Farinazzo. Realmente excepcional! Parabéns a todos.

  4. não existe uma só potência hegemónica mas duas: a potência marítima, USAUK +nato, e a potência continental, a Eurásia, OCXangai ,com 8 membros, 6 parceiros e 4 observadores. O Irão, a Turquia e a Coreia do Norte têm autonomia estratégica, a potência marítima tenta estabelecer “cabeças de ponte” e a continental tenta furar a cortina dos estreitos e das ilhas-tampão.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

V-UnitV-UnitPublicidade
AmazonPublicidade
Fórum Brasileiro de Ciências PoliciaisPrograma Café com Defesa

Veja também