SNC A-29, o novo LAA da USAF?

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An Afghan Air Force A-29 Super Tucano soars over Kabul, Afghanistan, Aug. 14, 2015. The A-29 is the Afghan Air Force's latest attack airframe in their inventory.

(U.S. Air Force photo/Staff Sgt. Larry E. Reid Jr., Released)

Por Albert Caballé Marimón

Na última quarta-feira, foi noticiado que a Força Aérea dos EUA (USAF) selecionou o A-29 Super Tucano como sua aeronave de ataque leve (LAA, Light Attack Aircraft). As notícias foram baseadas na solicitação emitida pelo Comando de Materiais da USAF, a Solicitação Nº FA8637-19-C-1000, que é um Aviso de Ação de Contrato (NOCA, Notice of Contract Action) direcionado à Sierra Nevada Corporation, parceira da Embraer nos EUA.


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Imagem do cabeçalho da Solicitação no site Federal Business Opportunities.

O documento informa que uma solicitação formal será feita ainda no mês de maio e que um contrato será adjudicado no quarto trimestre deste ano (2019). A notícia, muito positiva para a Embraer, foi comemorada por porções da comunidade de entusiastas de Defesa no Brasil. No entanto, alguns pontos deixam dúvidas.

Na matéria da Defense News de quarta-feira, uma porta-voz da USAF declarou que uma solicitação similar será feita também à Textron, que compete com seu AT-6 Wolverine; ela acrescentou ainda que a USAF pretende comprar de duas a três unidades de cada aeronave para mais experimentos na Base da Força Aérea de Nellis, Nevada, e com a comunidade de operações especiais em Hurlburt Field, na Flórida.

Em março passado, portanto há dois meses, a USAF solicitou US$ 35 milhões para continuar com os testes deste programa durante o ano fiscal de 2020. Se uma solicitação similar será feita à Textron, há razões para acreditar que a solicitação feita ontem à SNC pode bem ser apenas a aquisição de mais aeronaves para continuidade dos testes.


Assista ao Vídeo 595 do CANAL ARTE DA GUERRA: Aviso: A Força Aérea dos EUA ainda não bateu martelo sobre o A-29


Com estas dúvidas, entrei em contato com a jornalista responsável pela matéria da Defense News. Sua resposta foi que ela também chegou a ficar em dúvida, mas que “the ultimate winner still hasn’t been decided”, ou seja, o vencedor final ainda não está decidido. Ela me informou que verificou essa informação com a USAF.

A solicitação da USAF em questão, que originou a notícia, não informa quantidades, e o documento afirma claramente que “é apenas para fins de informação e planejamento e não deve ser interpretado como compromisso com um contrato do Governo”. Portanto, na opinião deste articulista, as informações disponíveis no momento não são suficientes para afirmar com certeza absoluta que o A-29 é o vencedor, e é mais prudente aguardar por informações mais objetivas.


*Imagem de capa: A-29 Super Tucano da Aérea Afegã sobrevoa Cabul, no Afeganistão, em 14 de agosto de 2015 (Foto: Wikipedia/Sgt Larry E. Reid Jr/USAF)


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  • João Paulo Zeitoun Moralez (Autor)
  • Em inglês
  • Capa Comum

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7 comentários

  1. Estranha essa duvida entre os concorrentes…
    Tem precedente essa atitude? ou realmente as duas aeronaves são “equivalentes” em mais de 80% dos requisitos do edital Americano.
    Independente disso acredito que o anuncio já é uma excelente propaganda para a bem sucedida Embraer.

    1. As aeronaves são semelhantes, embora o A-29 tenha sido concebido desde o início como aeronave de ataque, e o AT-6 para treinamento. Você tem razão, é uma boa propaganda.

  2. Pergunta nos moldes de “teoria da Conspiração – Caça Likes”
    Qual será o peso da Boeing nessa “não” decisão?

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